14 Mil Demissões, Unidade 8200, X + Nvidia, Robôs Evoluídos, Capinha dos Milhões
Tenho certeza que algumas coisas na newsletter de hoje vão surpreendê-lo.
Bom dia! Hoje é 20 de março, quinta-feira. Num dia como hoje, no ano de 1800, Alessandro Volta apresentou ao mundo a primeira pilha elétrica.
Robôs Evoluídos
A Boston Dynamics revelou uma versão do robô Atlas, destacando avanços significativos em sua agilidade. O modelo demonstra capacidade de realizar tarefas complexas, como mover componentes em ambientes industriais simulados.
Equipado com sensores avançados e modelos de visão por aprendizado de máquina, o Atlas identifica e manipula objetos, adaptando-se a mudanças no ambiente em tempo real. Ele faz movimentos incrivelmente parecidos com os dos humanos.
O Atlas evoluiu de um protótipo instável para um robô altamente funcional. A transição de sistemas hidráulicos para uma estrutura totalmente elétrica permitiu um design mais leve e uma gama de movimentos mais ampla.
Esses avanços ressaltam o progresso contínuo na robótica humanoide, aproximando-nos de um futuro onde robôs como o Atlas possam colaborar com humanos em diversas tarefas, seja em ambiente doméstico ou industrial.
Capinha Milionária
A Vivo, operadora de telefonia, comprou a i2GO por R$ 80 milhões. A marca de acessórios para smartphone agora faz parte do portfólio da companhia, que pretende levar os produtos da empresa para suas 2 mil lojas.
A operadora de telefonia já tinha sua própria marca de capinhas e acessórios, a OVVI, que fatura cerca de R$ 60 milhões por ano. Já a i2GO, comprada agora, fatura cerca de R$ 65 milhões. As duas devem unir forças.
Interessante como a Vivo vem se transformando. Além de ser uma empresa de telecomunicações, ela também estendeu seus braços para outras áreas de negócios como educação, saúde, finanças e energia.
A diversificação do portfólio é muito importante num momento em que a concorrência fica menos óbvia. Lembre-se que a Starlink, de Elon Musk, já se conecta diretamente aos smartphones de um grupo de usuários nos EUA.
14 mil demissões
O Morgan Stanley disse que a Amazon poderia cortar 14 mil empregos de nível gerencial, obtendo uma economia de US$ 2,1 bilhões e US$ 3,6 bilhões. A estimativa é baseada na suposição de que os gerentes compõem 7% da sua força de trabalho.
Sob o comando do CEO Andy Jassy, a Amazon vem reduzindo sua força de trabalho nos últimos anos, cortando 27.000 empregos desde 2022. Atualmente a empresa emprega 1,5 milhão de pessoas, incluindo 350.000 em cargos corporativos.
Vale lembrar que a Amazon também tem uma força de trabalho de 800 mil robôs. E quanto mais robôs a empresa coloca em operação, menos gerentes ela precisa ter, uma vez que esses robôs são controlados por softwares.
A Amazon fez um movimento recente de volta ao trabalho presencial. Essa mudança impacta justamente a força de trabalho das áreas corporativas, já que os trabalhadores dos centros de distruibuição sempre estiveram por lá.
Unidade 8200
Você já deve ter lido que o Google comprou a empresa israelense WIZ, focada em segurança cibernética. O valor pago pela companhia foi de impressionantes US$ 32 bilhões, fazendo com que seus 4 fundadores se tornassem bilionários.
O que você não sabe é que os fundadores da WIZ fizeram parte da prestigiada Unidade 8200, do Exército de Israel. Ela é reconhecida por formar profissionais que posteriormente fundaram empresas de destaque no setor de tecnologia.
As empresas formadas por esses ex-membros da Unidade 8200 têm valor de mercado combinado estimado em mais de US$ 500 bilhões. A mais conhecida delas é a Palo Alto Networks, que vale sozinha US$ 123 bilhões.
A cultura da Unidade 8200 enfatiza inovação, resiliência e resolução criativa de problemas, tornando seus veteranos altamente qualificados para liderar e fundar startups de sucesso.
xAI + Microsoft + Nvidia
A Nvidia e a xAI, empresa de inteligência artificial de Elon Musk, uniram-se ao consórcio AIP, que já contava com Microsoft e BlackRock. A ideia é investir US$ 30 bilhões em projetos de infraestrutura de IA nos Estados Unidos.
O objetivo do consórcio é financiar data centers e instalações de energia necessários para suportar aplicações de IA, como o ChatGPT. A crescente demanda por poder computacional intensifica a necessidade de infraestrutura robusta.
A entrada da Nvidia e da xAI no AIP ocorre após o anúncio do projeto Stargate, uma iniciativa de infraestrutura de IA apoiada por SoftBank, OpenAI e Oracle, com planos de mobilizar até US$ 500 bilhões.
Além das empresas de tecnologia, o consórcio conta com a participação de companhias de energia como GE Vernova e NextEra Energy, que contribuirão com soluções energéticas eficientes para os data centers de IA.