BYD maior que Tesla, Meta Desprezada, Apple com Prejuízo e Fábrica Gigante
Como disse Cássia Eller, "o mundo está ao contrário e ninguém reparou".
Bom dia! Hoje é 25 de março, terça-feira. Espero que você tenha um excelente dia e que aproveite a última semana do primeiro trimestre de 2025.
BYD maior que Tesla
A montadora chinesa reportou ontem uma receita anual de US$ 107 bilhões em 2024. Esse valor é US$ 10 bilhões a mais do que a Tesla, que fez US$ 97 bilhões. A companhia vendeu um total de 4,2 milhões de carros no ano passado.
O lucro da BYD também superou as expectativas do mercado e a companhia segue avançando. Seu valor de mercado está na máxima história, em US$ 162 bilhões. Nesse momento ela só vale menos que a própria Tesla e a Toyota.
No ano passado a China se tornou a maior exportadora de carros do mundo, superando Japão, Alemanha e Estados Unidos. A BYD, obviamente, teve papel importante para a construção desse número.
Enquanto a Tesla enfrenta desafios relacionados às atividades políticas de Elon Musk, o restante do mercado vai ser organizando para capturar toda e qualquer oportunidade deixada pela montadora americana.
Por falar em BYD…
A nova fábrica da BYD será maior que a cidade de São Francisco. Sim, você leu certo. Um vídeo feito por drone mostra a megaestrutura da montadora chinesa em Zhengzhou, na China.
Quando concluída, terá mais de 1 milhão de carros elétricos produzidos por ano, além de abrigar 260 mil trabalhadores em um complexo com lojas, academias e campos de futebol. É mais que uma fábrica. É uma cidade.
A ideia? Dominar o mercado de EVs, enquanto Elon Musk e os europeus tentam entender como competir. Essa nova fábrica da BYD será 10x maior que a Gigafactory da Tesla em Nevada, que vai parecer um anexo perto disso.
Em 5 anos, a BYD pode não só liderar o setor automotivo, mas também a robótica e a inteligência artificial. Eu não tenho dúvidas de que, se de fato o futuro dos carros for elétrico, a China será a grande propulsora disso.
Não foi dessa vez
Uma startup de chips de IA da Coreia do Sul, a FuriosaAI, teria recusado uma proposta de aquisição da Meta no valor de US$ 800 milhões. Fundada em 2017, a empresa desenvolve chips para o processamento de modelos já treinados.
Mark Zuckerberg ficou “furioso” com isso, já que quer reduzir sua dependência - e gastos - com chips da Nvidia. Só nesse ano ele já encomendou 350 mil chips do modelo H100.
Hoje, toda big tech precisa de GPUs da Nvidia para treinar modelos de IA. Mas isso tem um preço — e um risco. Os chips são caros, a fila é longa e o fornecedor é um só. Zuckerberg não quer isso. Ele quer controle, escala e vantagem estratégica.
A corrida agora é por infraestrutura proprietária. Quem tiver poder computacional, terá vantagem nos próximos anos. Quem só usar IA como consumidor, vai ficar para trás. Quem criar, treinar e escalar, vai liderar.
1 bilhão de prejuízo na Apple
Sim, US$ 1 bilhão de prejuízo por ano com o Apple TV+. E não é um erro de gestão. É estratégia. A Apple sabe que o streaming não é apenas sobre lucro direto. É sobre posicionamento, ecossistema e influência cultural.
Mesmo com o rombo anual, ela continua investindo em conteúdos originais de alto nível, premiações como Oscar e Emmy, parcerias globais e lançamentos exclusivos. O streaming da Apple continua com o pé no acelerador.
Mas por quê? Porque cada assinante do Apple TV+ é também um potencial comprador de iPhones, iPads, Macs e tudo mais. O conteúdo fideliza. O ecossistema retém. A Apple não precisa ganhar dinheiro com o Apple TV+.
Ela precisa que você continue no universo dela. Enquanto outras empresas cortam, ela expande. Porque entende o jogo como plataforma, não produto. Às vezes, o prejuízo de hoje é o lucro invisível de amanhã.