BYD Sobe, Tesla Cai, YouTube Vence, Cão Delivery e Spotify dos Bilhões
Bom dia! Hoje é quarta-feira, dia 28 de maio. Nesse mesmo dia, em 2008, a SpaceX lançou o foguete Falcon 1 com sucesso pela primeira vez, depois de 3 explosões.
Uma cai…
A Tesla enfrenta um momento delicado no mercado europeu. Em abril, as vendas da montadora caíram 49% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando apenas 7.261 unidades vendidas. Principais fatores para a queda:
Protestos e boicotes: A imagem de Elon Musk tem sido alvo de críticas devido ao seu envolvimento político, especialmente com o governo de Donald Trump. Concessionárias da Tesla foram alvo de manifestações em diversos países europeus.
Concorrência acirrada: A chinesa BYD superou a Tesla em vendas de veículos totalmente elétricos na Europa, oferecendo modelos mais acessíveis e atraentes para o consumidor europeu.
Mudança no perfil do consumidor: Cerca de 35% dos europeus estão optando por veículos híbridos, segmento no qual a Tesla não atua.
A reputação de Elon Musk, que até pouco tempo era um ativo valioso, tornou-se um peso para a Tesla, neste momento. Não significa que isso não possa se inverter de novo, mas nesse momento é um problema.
A outra sobe…
A chinesa BYD, por sua vez, bateu recorde: em abril, superou a Tesla em vendas de veículos elétricos na Europa, com mais de 53 mil unidades comercializadas — um crescimento de 121% em relação ao mesmo mês de 2024. O que deu certo?
Descontos agressivos na China: Para reduzir estoques, a BYD anunciou descontos de até 34% em 22 modelos até o final de junho. O Seagull, carro mais vendido na China, teve uma redução de 20%, passando a custar US$ 7.800.
Diversificação de portfólio: Ao contrário da Tesla, que foca exclusivamente em veículos 100% elétricos, a BYD oferece uma gama variada, incluindo modelos híbridos, atendendo a diferentes perfis de consumidores.
Expansão global: Com vendas anuais superando US$ 100 bilhões e mais de 4 milhões de veículos produzidos no último ano, a BYD ultrapassou Ford e Honda, posicionando-se atrás apenas de Toyota e Volkswagen no ranking global.
Toda vez que uma empresa “balança", abre-se espaço para que outra ocupe o seu lugar. Os chineses estão prontos para ocupar o espaço que a Tesla vem deixando no mercado europeu, e os dados deixam isso claro.
YouTube venceu
Em abril de 2025, o YouTube alcançou um marco histórico ao conquistar 12,4% do tempo total de televisão nos Estados Unidos, segundo dados da Nielsen. Esse feito marca o terceiro mês consecutivo em que a plataforma lidera o ranking de distribuição de mídia, superando gigantes como Disney e Paramount.
Essa liderança não é apenas simbólica — é um sinal claro de que o YouTube venceu a TV tradicional no que mais importa: atenção. Enquanto canais de TV lutam para manter sua relevância, o YouTube se tornou a preferência das novas gerações.
Mais do que um site de vídeos, o YouTube virou um ecossistema onde tudo acontece: notícias, entretenimento, educação e conteúdo sob demanda. E diferente da programação fixa das emissoras tradicionais, o algoritmo do YouTube entrega exatamente o que o usuário quer ver — no momento em que ele quer ver.
A televisão como conhecíamos está sendo reprogramada. O novo “controle remoto” é o algoritmo. E a nova grade de programação é personalizada, infinita e viciante.
Cantoria bilionária
Há pouco mais de uma década, o Spotify era visto como uma ameaça à indústria musical — acusado de desvalorizar o trabalho dos artistas e reduzir suas receitas. Hoje, a realidade é outra: a plataforma se tornou a principal fonte de renda para músicos brasileiros.
Em 2024 eles receberam mais de R$ 1,6 bilhão em royalties, um recorde histórico e um crescimento de 31% em relação ao ano anterior. Esse avanço supera o crescimento geral do mercado musical brasileiro, que foi 21,7%.
Além disso, o número de artistas que faturaram mais de R$ 1 milhão triplicou desde 2019. O Spotify não apenas democratizou o acesso à música, mas também descentralizou a distribuição de receitas. Grande parte da receita gerada por artistas brasileiros na plataforma em 2023 veio de artistas independentes.
Robô delivery
A startup suíça Rivr, especializada em robótica e inteligência artificial, iniciou um projeto piloto em parceria com a empresa de logística Veho para testar cães robôs na entrega de encomendas em Austin, Texas.
Esses robôs, descritos como "cães sobre patins" por Marko Bjelonic, CEO da Rivr, são capazes de subir escadas e navegar autonomamente até a porta dos clientes, enfrentando o desafio dos últimos 100 metros da entrega.
Durante o piloto, um único robô realizará entregas diárias por cerca de duas semanas, sempre acompanhado por um funcionário da Rivr para garantir a segurança e a qualidade do serviço.
A Veho, que atende marcas como Sephora, Saks e HelloFresh nos EUA, vê essa parceria como uma oportunidade de testar a automação na etapa final da entrega, permitindo mais entregas simultâneas em áreas urbanas densas.