Cura Total, Tesla na Europa, Petróleo + Eletricidade, Incubadora de Unicórnios
Bom dia! Hoje é terça-feira, dia 22 de abril. Neste mesmo dia, no ano de 1500, o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral e sua frota.
Cura em 10 anos
Demis Hassabis, CEO da DeepMind, acredita que todas as doenças poderão ser curadas em até dez anos graças à inteligência artificial. O desenvolvimento de medicamentos, que hoje leva anos, será reduzido a semanas ou meses.
Segundo ele, tecnologias como AlphaFold, que decifrou a estrutura das proteínas, e robôs que executam experimentos ininterruptamente, isso deixou de ser um sonho e tornou-se uma realidade esperada.
Modelos avançados de IA já criam potenciais tratamentos em poucas horas, enquanto simulações em nuvem testam milhões de possibilidades diariamente. Até 2030, ficar doente pode ser uma questão opcional, segundo Demis.
Estamos vivendo uma revolução semelhante à dos antibióticos ou smartphones, em ritmo exponencial. Sua principal tarefa agora é manter-se saudável para poder aproveitar a maior transformação da história da humanidade.
Siga o dinheiro
Em 2025, mesmo com um mercado de venture capital ainda cauteloso, 20 novas startups alcançaram o status de unicórnio (avaliação superior a US$ 1 bilhão) até o final de março, segundo dados do TechCrunch.
Essas empresas estão distribuídas em setores estratégicos que refletem as tendências tecnológicas atuais: inteligência artificial, por óbvio, é a tecnologia que mais se destaca nessa lista.
Inteligência Artificial
Saúde e Biotecnologia
Robótica e Automação
Exploração Espacial
Segurança de Dados
Fintechs
Eu sempre digo que uma das melhores formas de entender para onde o mundo está indo “seguir o fluxo do dinheiro”. Se o dinheiro dos investidores está indo para esses setores, fique de olho no que vem deles.
Petróleo e Eletricidade
A Saudi Aramco, gigante do petróleo, acaba de fechar um acordo com a BYD, líder global em veículos elétricos. Paradigma quebrado: o maior exportador de petróleo do mundo agora investe pesado na mobilidade elétrica.
É como ver um fabricante de máquinas de escrever apostando em startups de laptops — quem entende o futuro, se adapta. A Arábia Saudita, país de origem da Saudi Aramco, tem investido muito no mercado de carros elétricos.
Parece estranho, já que a Arábia Saudita é a maior exportadora de petróleo do mundo. E a China, de onde vem a BYD, é a segunda maior consumidor deste produto no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
O movimento é claro: só será relevante no futuro quem “morrer” um pouquinho no presente. Estar presente - e com força - no mercado de carros elétricos faz com que a Saudi Aramco seja relevante em qualquer futuro.
Crise européia
As vendas da Tesla despencaram em vários países europeus no primeiro trimestre de 2025. Muitas notícias saíram sobre isso, mas agora surgem os dados oficiais que reforçam o tamanho do problema da montadora de Elon Musk:
Alemanha: -62,2%
Suécia: -55,3%
Dinamarca: -55,3%
Holanda: -49,7%
França: -41,1%
Portugal: -25,7%
Noruega: -12,5%
Espanha: -11,8%
Itália: -6,8%
Reino Unido: +3,5%
Essa queda impressionante nas vendas é reflexo de vários fatores, mas com destaque para três: a posição política de Elon Musk, a guerra tarifária entre EUA e o resto do mundo e a concorrência cada vez mais acirrada com a BYD.