De Elon pra Musk, Google + YouTube, Ouro no México, China Nº 1, Bilhões por Hora
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Bom dia! Segunda-feira, dia 31 de março. Último dia do mês e do trimestre. Oportunidade para fazer aquele último esforço e garantir a meta!
Elon vendeu para Musk
Elon Musk anunciou que sua empresa de IA, a xAI, comprou o X, sua rede social. A transação avaliou a companhia de mídia em US$ 33 bilhões. Nessa jogada, ele disse que agora sua empresa de IA vale US$ 80 bilhões.
Toda a transação foi feita através de troca de ações, sem envolver dinheiro. Além do valuation de US$ 33 bilhões do ex-Twitter, Elon Musk disse que sua empresa de IA vai assumir outros US$ 12 bilhões em dívidas que a rede social possui.
Impossível não lembrar daquele episódio histórico do seriado Chaves, onde o menino do barril vende churros para ele mesmo. Ou aquelas transações, onde fundos de uma mesma gestora compram ativos uns dos outros.
Fato é que, por trás disso, pode estar o valor dos dados. Ninguém sabe ao certo, mas estima-se que o X tenha cerca de 400 milhões de usuários e muitos dados. O que, sob essa perspectiva, vale muito para a empresa de IA.
Vai continuar na frente?
A China é o país que mais possui robôs operando em suas fábricas. Não são robôs humanoides, como temos visto aos montes agora, mas são máquinas capazes de gerar enorme automação consequente e redução de custos.
China: 300 mil robôs
Japão: 50 mil robôs
EUA: 47 mil robôs
Coréia do Sul: 45 mil robôs
Alemanha: 40 mil robôs
Curiosamente são os países que mais exportam automóveis, mostrando uma relação direta com o processo evolutivo na fabricação de carros. A China, em 2024, tornou-se a maior exportadora de automóveis do mundo.
A grande questão é: será que com essa nova onda dos robôs humanoides esse “ranking” continua assim? Chineses e americanos estão na liderança dessa nova tecnologia, que promete revolucionar (de novo) a manufatura global.
México à vista
O Nubank completou 6 anos no México com números impressionantes. São 10 milhões de clientes, sendo 5,6 milhões de cartão de crédito. Desse número, 50% nunca havia acessado crédito formal antes.
A empresa brasileira já investiu US$ 1,4 bilhão no México e tem mais US$ 2 bilhões reservados para expandir sua operação por lá. Fora do Brasil, o país é o maior mercado da empresa, e de onde vem a maior taxa de crescimento.
O México não é um oásis apenas para o Nubank. O Mercado Livre também tem reportado números muito bons vindos de lá e já demonstrou que vai investir ainda mais o país nos próximos anos.
Mas o que o México tem de tão bom? O país é o Brasil de 15 anos atrás. Tem uma população de quase 130 milhões de pessoas, com renda per capital 40% maior que a nossa. Ou seja, é uma economia quase do mesmo tamanho da nossa.
Contudo, o país ainda vive uma taxa de desenvolvimento tecnológico mais baixa. O mercado financeiro por lá é o equivalente ao nosso em 2015. Em relação ao México, estamos no futuro. E quem já viu o futuro, atua no passado com mais força.
Tempo do bilhão
Quanto tempo uma empresa leva para gerar US$ 1 bilhão em receita? Para a maioria das companhias, um número como esse jamais será atingido. Para outras, é uma questão de horas:
Amazon: 11 horas e 30 minutos
Walmart: 11 horas e 57 minutos
Apple: 17 horas
Google: 22 horas
Microsoft: 1 dia + 7 horas
Meta: 1 dia + 20 horas
Tesla: 3 dias
Coca-Cola: 7 dias
Netflix: 8 dias
McDonald's: 14 dias
É impressionante ver a capacidade de geração de receita dessas companhias, principalmente aquelas ligadas a tecnologia. E também é igualmente espetacular a geração de receita do Walmart.
Bastidores da história
Nas minhas pesquisas diárias pelas “entrelinhas” dos negócios, encontrei essa troca de e-mail entre Larry Page e Dan O’Connell, um executivo importante da companhia naquela época. Alguns fatos interessantes estão presentes ali:
Note a urgência do tema. Dan enviou um e-mail às 22h54 e no dia seguinte, às 6h12 da manhã, Larry já havia respondido. O texto da mensagem deixa claro o quanto o Yahoo! ainda era relevante naquele momento.
O título do e-mail traz uma informação interessante também: “Ideia 3753”. Eu não sei se isso realmente quer dizer um número X de ideias, mas é curioso. Naquela época o Google já valia cerca de US$ 100 bilhões.
O que teria acontecido se os executivos do Yahoo! tivessem feito uma visita aos fundadores do Youtube, que ficavam na mesma rua, na cidade de San Mateo, como mostra o e-mail? Sua história teria sido diferente?