Diversidade em Risco, Demissão sem Choro, Tesla na China, World ID e Pneus com IA.
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Hoje, 16 de janeiro, é um ótimo dia para você tornar-se assinante pago dessa newsletter e ter acesso ao conteúdo exclusivo, que vai mundo mais a fundo em temas relevantes. Vamos nessa?
Mudança Indigesta?
Nos últimos meses, diversas big techs têm revisado ou encerrado seus programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), refletindo mudanças no panorama político e jurídico dos Estados Unidos. Abaixo, um resumo das ações de algumas dessas empresas:
Meta:
Encerramento de Programas DEI: A Meta anunciou o fim de suas iniciativas de diversidade, incluindo políticas de contratação que priorizavam candidatos de grupos sub-representados. A empresa também desfez sua equipe dedicada a essas políticas.
Amazon:
Revisão de Iniciativas DEI: A Amazon está "descontinuando programas e materiais desatualizados" relacionados à diversidade, focando em iniciativas com resultados comprovados e buscando promover uma cultura mais inclusiva.
Microsoft:
Cortes em Equipes de Diversidade: A Microsoft demitiu membros de sua equipe de DEI, alegando necessidades comerciais em mudança. A empresa afirmou que os cortes foram de posições redundantes, sem alterações em metas previamente estabelecidas.
Google:
Redução de Pessoal em DEI: O Google também realizou cortes em suas equipes de diversidade e inclusão, refletindo uma tendência entre as big techs de reduzir investimentos nessas áreas.
Zoom:
Demissões em Equipes de DEI: A Zoom demitiu membros de sua equipe de diversidade, equidade e inclusão, seguindo uma tendência observada em outras empresas de tecnologia.
Porém, algumas empresas ainda mantém políticas claras de DEI e reforçam suas crenças em questões polêmicas como o home office. Abaixo, a visão de Spotify e Apple sobre esses mesmos temas:
Spotify:
Postura sobre Trabalho Remoto: O Spotify decidiu manter o trabalho remoto, com a declaração: "Nossos funcionários não são crianças". A empresa enfatiza que, com equipes qualificadas e comprometidas, não há necessidade de controle excessivo.
Apple:
Manutenção das Políticas de DEI: Contrariando a tendência de outras big techs, a Apple reafirmou seu compromisso com as políticas de diversidade, equidade e inclusão. Recentemente, o conselho de administração recomendou que os acionistas votassem contra uma proposta para eliminar programas de DEI, destacando a importância dessas iniciativas para a empresa.
Essas mudanças ocorrem em um contexto de crescente oposição de grupos conservadores às políticas de diversidade e decisões recentes da Suprema Corte dos EUA que impactam ações afirmativas. Especialistas alertam que a redução dessas iniciativas pode comprometer os avanços na promoção de ambientes de trabalho mais inclusivos e diversos.
Rotatividade Não Lamentável: O que a Meta quer dizer com isso?
Recentemente, surgiram notícias de que a Meta está planejando demitir 5% de sua força de trabalho, utilizando a expressão "rotatividade não lamentável" para descrever essas ações.
Mas o que significa esse termo, e por que ele é relevante para as estratégias da empresa? A "rotatividade não lamentável" refere-se à saída de funcionários cuja performance ou alinhamento com os objetivos da empresa é avaliada como insuficiente.
Em outras palavras, são pessoas cujo desligamento não representa uma perda significativa para a organização. Isso contrasta fortemente com o conceito de "rotatividade lamentável", que é o oposto e causa danos à companhia.
No caso da Meta, o uso do termo indica uma política deliberada de ajuste de quadros, priorizando manter colaboradores que entreguem resultados consistentes e que estejam alinhados com os objetivos estratégicos.
Em casa de ferreiro…
Aqui no Brasil, a BYD é a empresa que mais vende carros elétricos e híbridos. Porém, lá no seu quintal de casa, o carro mais vendido de 2024 foi um Tesla. O Model Y bateu o número de 480.309 unidades na China no ano passado.
Isso é interessante, afinal de contas os chineses têm mais de 100 montadores de carros elétricos no país. A Tesla, uma empresa americana, tem fábrica por lá e Elon Musk tem boa relação com os líderes do país.
Na disputa global, a BYD venceu a Tesla, entregando mais carros em 2024 do que a empresa de Elon Musk. A Tesla viu uma queda de 3% nas suas vendas no ano passado, em relação ao ano de 2023 e isso chamou a atenção.
Já a BYD bateu a marca de 4 milhões de unidades vendidas. Vale ressaltar que a Tesla vende carros 100% elétricos, enquanto a BYD vende elétricos e híbridos. Então, seu volume total tende a ser maior, por conta do porfólio.
Neste momento a Tesla vale US$ 1,24 trilhão. Isso é quase 12 vezes mais do que vale a BYD. Óbvio que, no caso da Tesla, a valorização vem também por conta de outras iniciativas como robôs, geração de energia, etc.
Prova de Humanidade.
Sam Altman, fundador da OpenAI, é também dono da empresa World, que faz um escaneamento da íris de pessoas em troca de dinheiro. Aqui no Brasil, por exemplo, a empresa estava pagando R$ 700 para quem fizesse a leitura.
A empresa foi lançada em 2023 e já capturou a identidade de 10 milhões de seres humanos. A ideia disso é criar uma “prova de humanidade", que tem como intenção afirmar que você é você mesmo e não é um robô.
Lembra do Captcha? A ideia daquela verificação era afirmar que era um humano - e não um bot - que estava interagindo com determinado site ou e-commerce. Porém, agora, descemos mais um nível.
Num futuro breve, onde robôs humanoides estarão entre nós, a “prova de humanidade” vai descer para uma nova esfera. Será que chegaremos ao ponto de não saber se alguém é humano ou robô?
Bom… fato é que depois que a empresa escaneia a íris, o usuário ganha um World ID. Obviamente o projeto levantou inúmeras discussões e causou polêmicas. Mas, apesar de tudo isso, já são 10 milhões…
IA nos Pneus.
Os pneus inteligentes representam uma inovação significativa na indústria automotiva, prometendo aprimorar a segurança, eficiência e conforto nas viagens de carro.
Empresas como Nokian Tyres, Pirelli, Bosch e Continental estão desenvolvendo tecnologias que permitem aos pneus se adaptarem automaticamente às condições da estrada.
Esses pneus são equipados com sensores com IA que monitoram em tempo real parâmetros como temperatura e pressão, ajustando suas características para melhorar a tração e a estabilidade do veículo.
Além disso, podem comunicar-se com os sistemas eletrônicos do carro, fornecendo dados que auxiliam na prevenção de acidentes. Estudos indicam que cerca de 40% das falhas inesperadas dos pneus são causadas por pressão inadequada, problema que essas novas tecnologias buscam solucionar.
A expectativa é que esses pneus inteligentes estejam disponíveis no mercado em poucos anos, transformando a experiência de condução e elevando os padrões de segurança nas estradas.
Pra terminar: os assinantes pagos da newsletter vão receber um conteúdo exclusivo sobre a “Crise do Intermediário”, com uma visão global sobre como muitas empresas perderam a capacidade de gerar valor e o quanto isso impacta o futuro das farmácias, por exemplo.
Grande abraço,
Junior Borneli