Fórmula 1: O Ativo de Esporte Mais Disputado do Momento
Durante décadas, a Fórmula 1 foi vista como um esporte de nicho: alta velocidade, engenharia de ponta, circuitos europeus tradicionais e um público apaixonado, mas limitado. Nos últimos anos, no entanto, algo extraordinário aconteceu. A F1 se reinventou. Saiu das sombras dos boxes para os holofotes do entretenimento global, se posicionando como um dos ativos mais valiosos da indústria da mídia e da cultura pop.
A mudança começou de fato em 2017, quando a Liberty Media assumiu o controle da categoria. De lá para cá, o foco não foi apenas na competição em si, mas na narrativa. Séries como Drive to Survive, da Netflix, trouxeram para as telas os bastidores, os dramas pessoais, as rivalidades e as decisões estratégicas das equipes. A Fórmula 1 deixou de ser apenas um campeonato para se tornar uma série em tempo real, com enredo, protagonistas e reviravoltas.
Os números falam por si. A Apple está disposta a desembolsar ao menos US$ 150 milhões por ano pelos direitos de streaming globais da F1 — uma cifra que a coloca no mesmo patamar das ligas mais valiosas do mundo. Além disso, o filme estrelado por Brad Pitt e produzido por Lewis Hamilton já se tornou a maior bilheteria da história da Apple, misturando cinema, realidade e corridas de verdade, com cenas captadas durante os próprios GPs. E, para completar a expansão midiática, a Globo anunciou a volta da F1 à TV aberta brasileira em 2026, consolidando o esporte como um fenômeno popular também no país.
Esse novo momento da Fórmula 1 mostra que o futuro do esporte está diretamente ligado à capacidade de entreter, emocionar e conectar. O grid de largada virou palco. Os pilotos, celebridades. E as equipes, marcas globais. A F1 é hoje um universo multimídia, onde cada corrida é só uma parte da experiência.
No mundo onde atenção é o ativo mais disputado, a Fórmula 1 conseguiu algo raro: capturar o público que ama carros, velocidade e inovação, mas também conquistar quem busca histórias humanas, glamour, geopolítica e emoção cinematográfica. A pole agora é do entretenimento. E a F1 acelera na frente.