IA da Revolut, xAI de Cofres Abertos, Waymo Expande e Tesla Pausa, Reels no Facebook, Trump Mobile e Escritório IA
Bom dia! Hoje é 18 de junho. Neste mesmo dia, em 1942, nascia Paul McCartney — um dos maiores compositores da história e símbolo de uma geração que revolucionou não só a música, mas também a forma como consumimos cultura e linguagem global. Em 2025, quem dita ritmo e transformação são os algoritmos. E as manchetes de hoje provam que estamos vivendo outra revolução: silenciosa, digital e descentralizada.
Revolut quer ser o copiloto da sua vida financeira
O banco digital Revolut anunciou o lançamento iminente de um assistente financeiro com IA no Reino Unido. A ferramenta será capaz de analisar gastos, recomendar investimentos e otimizar decisões bancárias. Com isto, a empresa quer transformar a experiência bancária em algo mais preditivo, conversacional e inteligente.
Esse movimento alinha-se a uma tendência maior: bancos se tornando plataformas de inteligência. O futuro das finanças não é só sobre controle de saldo, mas sobre cognição preditiva. Se bem-sucedido, o Revolut pode se posicionar como o "Siri das finanças", intermediando escolhas em tempo real com base em comportamento e contexto.
A IA deixa de ser apenas um motor interno de cálculo — e vira o rosto do banco.
A xAI queima US$ 1 bilhão por mês em algoritmos
A startup xAI, também de Elon Musk, está queimando cerca de US$ 1 bilhão por mês para sustentar seus ambiciosos planos em IA generativa e infraestrutura (como o supercomputador “Gigafactory of Compute”). Mesmo assim, está negociando uma nova rodada de captação de US$ 4,3 bilhões.
Isso revela dois pontos críticos: primeiro, o tamanho do jogo da IA — é necessário um ecossistema bilionário apenas para construir a base. Segundo, a nova economia de escala é algorítmica. Quanto maior o modelo, maior a vantagem competitiva. Mas também, maior a dependência de capital, energia e... paciência de investidores.
Waymo expande robotáxis na Califórnia; Tesla pausa produção
Enquanto a Tesla pausa a fabricação dos modelos Y e Cybertruck durante o feriado de 4 de julho, a Waymo expande sua operação de robotáxis para novas cidades na Califórnia. A mensagem é clara: no jogo da autonomia, nem sempre o mais famoso é o mais preparado.
A Waymo aposta em crescimento cauteloso e regulado. A Tesla, na pressão da narrativa. E o consumidor? Fica no meio de uma disputa entre escalabilidade e confiança — com impactos diretos sobre o futuro do transporte urbano global.
Facebook diz adeus aos vídeos horizontais
O Meta anunciou que todos os vídeos do Facebook, novos ou antigos, passarão a ser convertidos para o formato Reels — vertical, curto e interativo. A rede social que nasceu com status e mural agora se curva de vez ao TikTok.
Não se trata apenas de estética. É uma mutação de arquitetura cognitiva: queremos conteúdo rápido, resumido, manipulável por toque. O vídeo tradicional está sendo desmembrado em clipes. E isso muda desde o jornalismo até a educação.
A nova régua do engajamento é vertical — e o tempo de atenção, líquido.
Trump Mobile e o novo marketing da política
Donald Trump acaba de anunciar o “Trump Mobile”, um novo serviço de telefonia celular que se junta a uma longa lista de empreendimentos com o selo pessoal do ex-presidente, agora, lançado diretamente do palco da política. Mais do que um movimento comercial, trata-se de uma nova forma de fazer política: um híbrido entre influencer marketing, populismo digital e monetização direta da base eleitoral.
O fenômeno revela uma tendência crescente: a criação de ecossistemas comerciais baseados em identidade política. Ao transformar eleitores em assinantes, líderes podem manter sua influência viva — e lucrativa — mesmo fora do ciclo eleitoral. Isso cria bolhas de consumo alinhadas a visões de mundo específicas, tornando a política não apenas uma disputa por poder, mas também por audiência.
Entretanto, o risco de confusão entre função pública e interesse privado aumenta, assim como o potencial de erosão dos limites entre campanha, governo e negócio.
Escritório de advocacia com IA
A Crosby, nova startup jurídica apoiada pela Sequoia, propõe um modelo radical: um escritório de advocacia construído em cima de uma fundação de IA. O modelo responde consultas, redige documentos legais, interpreta jurisprudência e aprende com cada novo caso.
A proposta é mais do que automação. É desintermediação do direito. A IA entra no coração da regulação, da burocracia, do compliance. Se isso escalar, veremos a elite jurídica dividindo espaço (ou sendo substituída) por agentes autônomos jurídicos.
A revolução da inteligência não poupará nem os guardiões da lei.