McDonald's Caiu, Código da IA, Balanço das Big Techs e Chips da Apple
Bom dia! Dia 2 de maio, feriadão prolongado. Apesar disso, tem bastante coisa acontecendo no mundo. Então dá uma olhadinha na newsletter de hoje!
Adeus, Big Mac?
O McDonald’s acaba de enfrentar sua pior queda nas vendas desde a pandemia — e o sinal de alerta está aceso. Nos EUA, a queda das vendas nas lojas foram de 3,6%, muito relaciona ao declínio no número de clientes.
O motivo? Alta de preços, competição mais agressiva e uma mudança de comportamento do consumidor. O CEO Chris Kempczinski foi direto: “Estamos perdendo clientes de baixa renda para concorrentes mais baratos”.
Claro que outros fatores interferem. Um deles é o grande uso de medicamentos para emagrecimento e uma queda no consumo: o cliente está trocando o Big Mac por opções mais acessíveis — ou fazendo em casa.
A crise do McDonald's é um retrato de algo maior: o fim da era em que marcas fortes garantiam demanda constante, independentemente do preço. Hoje, fidelidade não sobrevive sem acessibilidade. Você pagaria R$ 40 por um combo?
Made in USA
A Apple anunciou que irá adquirir mais de US$ 19 bilhões em chips fabricados nos EUA, como parte de sua estratégia para fortalecer a produção doméstica e reduzir a dependência da Ásia. Os chips serão provenientes de fábricas em diversos estados.
Essa iniciativa visa mitigar riscos associados a tarifas de importação e tensões geopolíticas, além de impulsionar a inovação local. A medida também reflete o compromisso da Apple com investimentos em infraestrutura nos EUA.
Com essa mudança, a Apple busca garantir maior controle sobre sua cadeia de suprimentos. A expectativa é que, com a produção local, a empresa possa oferecer produtos com maior eficiência e segurança para os consumidores.
Vale lembrar que, por conta da insegurança geopolítica, a Apple espera que US$ 900 milhões de custos extras sejam adicionados aos resultados da empresa. Então, garantir fornecimento local pode ser uma boa estratégia.
30% e aumentando
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, compartilhou que entre 20% e 30% do código de programação da empresa já é gerado por IA. Segundo Nadella, a IA tem se mostrado mais eficaz na criação de novos projetos, especialmente com Python.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, ao lado de Satya, previu que, até 2026, metade de todo desenvolvimento de software poderá ser realizado por IA, tendência que deve se intensificar nos anos seguintes.
Quem fez uma previsão similar foi o Dario Amodei, fundador da Anthropic, uma das principais startups de IA do mundo. Segundo ele, em 12 meses, é possível que todo código de programação do mundo seja feito por inteligência artificial.
A crescente adoção de IA na codificação sinaliza uma transformação significativa na indústria de tecnologia. Enquanto a automação promete aumentar a produtividade e eficiência, ela também levanta questões sobre o papel dos humanos.
Balanço das Big Techs
6 das 7 Magníficas, como são chamadas as maiores empresas de tecnologia dos EUA, publicaram seus resultados. Microsoft, Meta e Google mostraram resultados muito consistentes, puxados principalmente por inteligência artificial.
Já Amazon e Apple ficaram no “básico bem feito”. Cresceram em relação ao período anterior comparável, mas não surpreenderam e têm mais desafios do que suas “primas” citadas no parágrafo anterior.
Até agora, ruim mesmo foi o resultado da Tesla. A empresa de Musk teve menos receita, entregou menos carros, viu o lucro cair… a única notícia boa nos últimos dias foi a de Musk dará mais atenção à empresa, reduzindo seu papel no governo dos EUA.
Agora só faltam os resultados da Nvidia. Como Microsoft, Meta e Google tiveram seus resultados puxados pela IA, é provável que a Nvidia também entregue números muito consistentes. Afinal, ela é fornecedora de todas as outras 6 magníficas.
Bom dia!