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Hoje é dia 3 de junho, terça-feira. Neste mesmo dia, lá em 1965, Edward H. White II foi o primeiro astronauta americano a realizar uma caminhada espacial.
Não Feito na América
Produzir um iPhone envolve muito mais do que linhas de montagem e robôs. É sobre ecossistema, agilidade e custo. E os EUA, apesar de toda sua força tecnológica, não conseguem competir com a China nesse jogo.
Tim Cook já explicou: fazer um iPhone exige dezenas de componentes, montados com precisão por uma cadeia de fornecedores hiperconectada. Só a cidade de Shenzhen oferece mais de 700 empresas parceiras a poucas horas da Foxconn. Esse ecossistema é impossível de replicar no Ocidente em curto prazo.
Além disso, fábricas na Ásia operam 24/7 com milhares de trabalhadores, entregando velocidade, escala e flexibilidade para mudanças de última hora. Já nos EUA, faltam não apenas incentivos fiscais e infraestrutura industrial moderna — falta também gente qualificada no volume e velocidade exigidos.
E tem mais: fabricar um iPhone nos EUA elevaria o custo final em até US$ 100 por unidade, segundo analistas. Isso afetaria margens e competitividade global — um risco que a Apple, como boa empresa capitalista, não está disposta a correr.
Disney demite
A recente onda de demissões na Disney, que afetou centenas de funcionários nas áreas de cinema, TV e finanças, levanta questões sobre os fatores por trás dessas decisões. E é preciso falar sobre isso.
Embora a empresa cite a migração do público da TV tradicional para o streaming como principal motivo, é plausível considerar que o avanço da IA também desempenhe um papel significativo nesse cenário.
A Disney tem explorado o uso de IA em suas produções. Por exemplo, a sequência de abertura da série "Secret Invasion", da Marvel Studios, foi criada utilizando IA generativa, o que gerou críticas da indústria de animação e do público.
A adoção crescente de IA pode estar contribuindo para a redução de custos, permitindo que tarefas antes realizadas por equipes humanas sejam automatizadas. Isso inclui áreas como marketing, publicidade e desenvolvimento de conteúdo.
Passou dos 100
A empresa de IA de Elon Musk, a xAI, está buscando uma avaliação de US$ 113 bilhões por meio de uma oferta secundária de ações no valor de US$ 300 milhões. Isso permite que funcionários vendam suas ações para novos investidores e antecede uma rodada maior de captação de recursos planejada para o futuro próximo.
A xAI foi fundada por Musk em março de 2023 e, em março de 2025, adquiriu a plataforma de mídia social X (anteriormente Twitter) em um acordo que avaliou a xAI em US$ 80 bilhões e a X em US$ 33 bilhões.
Além da oferta de ações, a xAI está buscando levantar US$ 5 bilhões em financiamento por meio de um pacote de empréstimos e títulos de alto rendimento liderado pelo Morgan Stanley.
Recentemente a empresa apresentou o novo chatbot Grok e a construção do supercomputador Colossus. Parcerias estratégicas, como a fechada com o Telegram para integrar o Grok ao aplicativo de mensagens, ampliam o alcance da xAI.
Guerra de preço
A Novo Nordisk anunciou uma redução significativa nos preços dos medicamentos Ozempic e Wegovy no Brasil, com cortes de até R$ 282 por caixa, dependendo da dosagem e do canal de venda. E isso tem uma razão.
Essa medida ocorre em meio à crescente concorrência no mercado de medicamentos para obesidade e diabetes, especialmente após a chegada do Mounjaro, da Eli Lilly, ao país. A concorrência chegou e isso é bom para o consumidor.
A empresa atribui a decisão ao aumento da capacidade produtiva e à normalização do abastecimento. O vice-presidente de marketing da Novo Nordisk disse que a redução de preços visa combater a venda de produtos irregulares.
A redução de preços também ocorre em um momento de pressão para a Novo Nordisk, que viu seu valor de mercado cair quase 50% nos últimos 12 meses. Além, claro, de preparar a companhia para a concorrência com os genéricos, em 2026.
AirPod Health
A Apple está desenvolvendo uma tecnologia que transforma os AirPods em dispositivos inteligentes de monitoramento da saúde. Com sensores embarcados, os novos fones poderão medir frequência cardíaca e temperatura corporal.
O AirPods Pro 3 será o pioneiro dessa tecnologia, trazendo um monitoramento automático e acessível para todos, democratizando o cuidado com o bem-estar. Hoje já é possível fazer testes de audição usando o dispositivo.
Embora ainda em fase de testes e com sensores menos precisos que os do Apple Watch, a expectativa é que a tecnologia evolua rapidamente, ampliando ainda mais o ecossistema de saúde da Apple.