Nvidia + Robôs, Recorde na OpenAI, BMW e Alibaba, Data Center Aquático, Táxi da Tesla
Bom dia! Hoje é 1 de abril, início do segundo trimestre. Hoje também é o dia em que, lá em 1976, a Apple era fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak.
Bateu o recorde
Conforme eu havia falado, a OpenAI anunciou a captação de US$ 40 bilhões em investimentos, naquela que é a maior rodada de captação de investimentos já feito por uma empresa privada, em toda a história.
A maior parte do dinheiro - US$ 30 bilhões - virão do SoftBank. Os outros US$ 10 bilhões vêm de um consórcio de investidores que inclui a Microsoft, que já investiu outros US$ 13 bilhões na companhia, além de alguns fundos.
O grande desafio da OpenAI agora é concluir a sua conversão para ser uma empresa com fins lucrativos. Para isso será preciso convencer a Procuradoria Geral da Califórnia e contar com o voto da Microsoft.
A OpenAI agora vale US$ 300 bilhões, ficando atrás apenas da SpaceX no ranking das empresas privadas mais valiosas do mundo. E, nesse ritmo, deve superar logo a empresa de exploração espacial.
Data Center no mar
Na costa de Hainan, na China, foi construído o primeiro data center subaquático do mundo. E ele não está lá por acaso: o oceano está servindo como um sistema natural de resfriamento para os supercomputadores que rodam IA em alta escala.
A performance é absurda. O data center entrega o equivalente a um ano de computação em apenas um segundo — o mesmo que 30 mil PCs de ponta operando juntos.
Quem está por trás disso? A DeepSeek. Só esse sistema já responde a 7 mil perguntas por segundo e está ajudando dezenas de empresas a treinar IAs, fazer simulações e desenvolver tecnologias marinhas.
O que significa? 1) A corrida por IA será uma corrida por infraestrutura. 2) Data centers "verdes” são realidade. 3) IA, energia e geopolítica estão se entrelaçando. Isso é sobre mais do que tecnologia. É sobre o novo mapa de poder global.
Atualização sobre robotáxis
Elon Musk disse ontem que sua frota de robotáxis vai começar a operar em junho deste ano, na cidade de Austin, no Texas. Ele já havia feito essa afirmação há alguns dias, mas deu mais detalhes agora.
Segundo ele, muitas outras cidades receberão o serviço ainda neste ano e que os carros de passeio da Tesla aumentarão sua utilidade em 50% podendo operar também de forma autônoma, principalmente nos período noturno.
Por exemplo: se você é dono de um Tesla, seu carro pode ser atualizado para trabalhar como um táxi autônomo enquanto você não está utilizando o veículo. Ao invés de deixá-lo na garagem a noite, ele pode “fazer dinheiro” rodando sozinho.
Não é à toa que alguns analistas de mercado vêm dizendo que a Tesla será uma empresa de US$ 7 trilhões de valor de mercado em alguns anos. O serviço de robotáxis deve ser sua principal fonte de receita.
Próxima onda
A Nvidia viveu importantes ondas nos últimos anos. O crescimento explosivo da Nvidia sempre veio em ondas bem definidas: mineração de criptomoedas, games e IA. As placas da Nvidia são peças-chave da nova economia.
Mas agora, uma nova onda está se formando: os robôs. Robôs físicos - em armazéns, hospitais, restaurantes, fazendas - vão depender da mesma infraestrutura que treina LLMs. E adivinha quem fornece essa base computacional?
Sim, a Nvidia. Os robôs precisam ser treinados em ambientes simulados. Precisam entender o mundo ao seu redor. Precisam se adaptar em tempo real. Tudo isso exige GPU. Muita GPU.
E quando essa onda vier com força total - e ela virá -, a Nvidia já estará surfando à frente de todo mundo (de novo). A IA deu cérebro às máquinas. Agora faltam os músculos. E eles já estão em construção.
BMW + Alibaba
A BMW fechou uma parceria com o Alibaba para desenvolver sistemas de IA para carros na China. É mais um movimento que mostra como as montadoras estão deixando de ser fabricantes de veículos para se tornarem plataformas tecnológicas.
A colaboração vai focar no uso de IA generativa para melhorar a interação entre humanos e carros — desde assistentes de voz mais avançados até interfaces que aprendem com o comportamento do motorista.
Na prática, isso significa carros que entendem comandos complexos, adaptam funções ao estilo de direção e até antecipam necessidades com base no contexto. E tudo isso rodando localmente, dentro do ecossistema chinês.
A China está se tornando um dos grandes laboratórios globais para a aplicação prática da IA em mobilidade. Por lá, o avanço é mais rápido porque há menos barreiras regulatórias e uma aceitação maior por parte dos consumidores.