OpenAI + Nu, Banco do iFood, Filmes da Netflix, Pressão em Trump e Fisioterap(ia)
Dias agitados e repletos de novidades. Esse é o nosso mundo.
Bom dia! Hoje é quarta-feira, dia 12 de março. Chegamos à metade da semana, mas muita coisa ainda pode acontecer. Espero que seu dia seja espetacular.
Nubank é case na OpenAI
A OpenAI publicou o case do Nubank no seu site oficial. A parceria estabelecida pelas duas empresas gerou ganhos de eficiência na fintech brasileira, que mantém sua disciplina de usar tecnologia na busca pela produtividade.
Pesquisa interna de conhecimento: o Nubank tem funcionários de 53 nacionalidades, em diversas geografias. Ter uma IA que oferece acesso aos insights da empresa ajuda a promover decisões mais inteligentes e rápidas.
Copiloto do call center: como o nome diz, os atendentes humanos têm agora um "parceiro de IA” com resumos de conversas e respostas recomendadas, aumentando a satisfação do cliente e reduzindo o tempo de retorno.
Assistente com tecnologia de IA: os assistentes de IA resolvem 55% dos atendimentos na primeira camada, processando mais de 2 milhões de chats mensais e reduzindo o tempo de resposta do chat em 70%.
Qualidade na gestão de fraude: o Nubank usa o GPT‑4o para analisar milhões de transações e documentos, agilizando a detecção de fraudes, melhorando a acurácia e oferecendo alta qualidade de serviço.
MaquinONA do iFood
O iFood entrou com tudo no jogo do mercado financeiro. A empresa transformou a fintech Zoop, adquirida em 2019, no iFood Pago, e quer agora potencializar o “banco dos restaurantes” em todas as frentes.
A mais nova iniciativa foi lançar uma máquina de cartão, batizada propositalmente em MaquinONA. Essa referência a uma máquina grande não é só para alfinetar as “maquininhas", mas representa a grandeza da ambição do iFood Pago.
A Maquinona, além de ser um meio de pagamento, é um hub de soluções que passa por gestão de campanhas de marketing, oferecimento de cashback, insigth de negócios e clube de fidelidade.
O iFood Pago fechou seu primeiro ano com R$ 1,2 bilhão de receita, número que é 20% maior do que o projetado, mas é pouco perto da meta para 2025: R$ 2,5 bilhões em faturamento. O iFood vai muito além do “food".
Bilhões em conteúdo
A Netflix anunciou que vai investir US$ 18 bilhões na produção de novos conteúdos neste ano. O anúncio vem depois do sucesso da empresa na última edição do Oscar, onde suas produções receberam quase 20 indicações aos prêmios.
A companhia está no seu melhor momento até aqui. O valor de mercado nunca foi tão alto e os indicadores de novos assinantes, taxa de cancelamentos e receitas com publicidade são todos muito bons.
A companhia ultrapassou a marca dos 300 milhões de assinantes pagos. Esse avanço se deu por diversos motivos, mas um dos principais impulsionadores foi a decisão estratégica de investir no esporte, seja em produções ou eventos ao vivo.
Líder absoluta no mercado de streaming, a Netflix foi a primeira empresa a fazer ajustes estratégicos duros. Vale lembrar que, há cerca de 4 anos, ela deu início à sua reestruturação, combatendo o compartilhamento de senhas e mais.
O jogo virou?
Depois de pressionar os CEOs das principais americanas, Donald Trump agora mudou de lado: ele está sendo pressionado pelos líderes das big techs e de empresas de outras áreas, que estão prevendo problemas no médio prazo.
Muitas das companhias fizeram diversos anúncios em apoio a Trump, prometendo investimentos bilionários em território americano, alterando as políticas de diversidade e mudando regras internas.
Sob Trump, os bilionários das big techs perderam US$ 266 bilhões desde a posse. Como você pode imaginar, ninguém fica feliz perdendo todo esse dinheiro. Isso não significa uma ruptura na relação, mas um “ajuste de rotas", por enquanto.
Além dos CEOs das big techs, presidentes de bancos e representantes de outras indústrias estiveram presentes. O medo é de que uma desaceleração na economia dos EUA aconteça no curto prazo, pressionando o mercado como um todo.
Fisioterapia digital?
A Hinge Health, startup de fisioterapia digital, entrou com pedido IPO na Bolsa de Valores de Nova York. Fundada em 2014, a empresa oferece programas de terapia de exercícios digitais para tratar dores musculoesqueléticas.
Em 2024, a Hinge Health registrou um aumento de 33,4% na receita, totalizando US$ 390,4 milhões, e reduziu significativamente suas perdas líquidas de US$ 108,1 milhões para US$ 11,9 milhões.
A Hinge Health utiliza uma plataforma de fisioterapia digital baseada em IA, sensores de movimento e telemedicina para tratar dores musculoesqueléticas, como problemas na coluna e articulações.
Pode parecer estranho, mas uma empresa que oferece fisioterapia on-line está prestes a ser avaliada em US$7 bilhões. É incrível o ponto de inflexão visto aqui, onde várias tecnologias combinadas tornam isso possível.