Revolut X Nubank, Google Glass, Demissões Tarifárias, Cyber Crise e Chips da Huawei
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Concorrente do Nubank
A fintech Revolut, avaliada em US$ 45 bilhões, acaba de lançar um verdadeiro pacotão de novidades no Brasil: cartão de crédito próprio, parcelamento de compras, cashback, marketplace de empréstimos e novos serviços de seguros.
Essa movimentação deixa claro: a disputa global no setor financeiro está só começando. Enquanto o Nubank domina a América Latina, a Revolut avança na Europa e já se prepara para novas regiões.
O que está em jogo? O futuro dos serviços bancários. Quem conseguir integrar crédito, seguros, investimentos, câmbio e marketplace financeiro em uma experiência simples e poderosa, vai capturar a próxima geração de usuários.
A Revolut cresce rápido e com lucro. A empresa quer ser mais do que um banco digital — quer ser o hub financeiro principal dos clientes.Exatamente o que o Nubank também busca. Prepare-se para ver essa guerra esquentar nos próximos anos.
Novo Google Glass
O Google acaba de apresentar uma prévia dos seus novos óculos inteligentes, equipados com o Android XR — uma plataforma criada especialmente para experiências de realidade mista, em parceria com a Samsung.
É uma jogada estratégica. Enquanto a Meta já está no mercado com seus óculos Quest e aposta pesado no metaverso, o Google tenta corrigir um erro do passado: o timing.
Lá atrás, o Google Glass foi pioneiro, mas chegou cedo demais. Faltavam maturidade tecnológica, mercado consumidor e aplicações práticas. Agora, a história é outra: IA, miniaturização de hardware e novos hábitos digitais abriram o caminho.
Google e Samsung sabem que o mercado de wearables inteligentes será uma das próximas grandes fronteiras — e não podem deixar a Meta levar essa sozinha. A disputa por quem vai liderar a próxima plataforma computacional começou.
Demissões Tarifárias
As demissões começaram. A Volvo anunciou que vai cortar até 800 funcionários nos EUA, consequência direta das novas tarifas impostas pelo governo Trump sobre veículos e peças importadas. Esse é apenas o começo de uma reação em cadeia.
Quando tarifas sobem, o custo de produção aumenta, as margens encolhem e as empresas precisam fazer ajustes para sobreviver. O primeiro impacto quase sempre recai sobre o emprego.
Embora as medidas protecionistas tentem fortalecer a indústria local, na prática geram distorções, instabilidade e perda de competitividade. E, quando tudo isso acontece, sempre sobra para o lado mais fraco.
O que está em jogo não é apenas uma guerra comercial, mas a saúde de cadeias produtivas inteiras, o emprego de milhares de trabalhadores e, no fim, o bolso do consumidor. O efeito dominó já começou.
Cyber Crise
A Tesla já está oferecendo descontos no Cybertruck — menos de seis meses após o lançamento. A empresa anunciou uma redução de US$ 10.000 para alguns modelos, numa tentativa de aumentar os pedidos.
Pelos dados oficiais, ceca de 50 mil unidades do Cybertruck já foram vendidos. O problema é que, neste momento, não existe demanda suficiente e os estoques estão cheios. Mas calma, tem coisa pior ainda.
Muitos dos carros que estão no estoque - e estão sendo oferecidos com desconto - têm número de série idêntico aos primeiros que foram fabricados, indicando que a expectativa da Tesla era muito maior do que a demanda real.
Para fechar, soma-se a tudo isso a "crise política” envolvendo Elon Musk e a Tesla. As vendas da empresa caíram no mundo todo por causa da atual de Musk no governo dos EUA. A vida não está fácil para a Tesla, neste ano.
Problema H20
Com as restrições dos EUA, a Nvidia precisou vender na China uma versão limitada do seu chip H20. Agora, a Huawei está aproveitando o espaço para avançar. Seu novo processador Ascend 920 promete preencher essa lacuna.
A Huawei, que já vinha investindo pesado em semicondutores, está acelerando o desenvolvimento de alternativas locais para atender a demanda interna por inteligência artificial e processamento de alta performance.
O movimento mostra que as sanções podem até frear, mas não param o avanço tecnológico chinês. Pelo contrário: fortalecem a corrida para desenvolver uma cadeia de tecnologia independente.
A disputa por chips de inteligência artificial é hoje uma das batalhas estratégicas mais importantes do mundo. E a China está mostrando que não pretende ficar para trás, usando as restrições como combustível para o desenvolvimento local.