Starlink no iPhone, Amazon no Topo, Apple em Queda, Tesla Autônomo e Rescaldo do DeepSeek
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Da prensa até a doca.
Assim que termina o processo de fabricação, os carros da Tesla saem sozinhos do final da linha de produção e seguem para a área de embarque, de onde seguirão depois para a casa dos clientes que compraram pelo site.
Todos esses carros antes eram levados até as docas por pessoas, que passam o dia inteiro digirindo pra lá e para cá, dentro do pátio das fábricas. Agora, isso é feita de forma autônoma, através do sistema de self-driving.
A era dos carros autônomos, chamados de robotáxis, está cada vez mais perto de se tornar realidade. A Tesla é uma das empresas que podem liderar essa frente, mas não está sozinha, muito pelo contrário.
A principal concorrente da Tesla nesse mercado de robotáxis é o Google, através da sua subsidiária Waymo. Os carros da empresa já estão funcionando em pelo menos 5 grandes cidades americanas, sem limitações.
Balanço da Apple vem fraco.
A empresa mais valiosa do mundo vai divulgar seus resultados na quinta, dia 30/01, mas a fofoca do Vale do Silício diz que o resultado vem abaixo do esperado, prejudicado por dois pontos principais:
A venda absoluta de iPhones deve ter caído na China. Alguns reports dizem que essa queda pode ter ficado perto de 15%. É muito relevante para uma empresa que tem boa parte do seu dinheiro vindo dos clientes chineses.
A lenta disseminação dos recursos de IA no iPhone 16, anunciados em setembro do ano passado, contribuiu para o resultado ruim. E, por outro lado, os concorrentes colocam cada vez mais IA nos seus dispositivos.
Apesar de tudo isso, as ações da companhia continuam muito resilientes. A Apple segue sendo a empresa mais valiosa do mundo e, apesar das oscilações, não se descola muito do seu valor médio nos últimos 12 meses.
Tudo o que cai, sobe.
O efeito DeepSeek, que abalou o mercado americano e jogou as ações das empresas de tecnologia pra baixo, parece estar passando. Veja o comportamento das ações mais afetadas, na segunda-feira e depois na terça:
É muito provável que as empresas recuperem todas as perdas causadas pelo DeepSeek, mas existe um prejuízo que é irrecuperável: a autoestima americana sobre a liderança da IA ficou muito abalada.
Muitos dos líderes das empresas de IA dos EUA fizeram declarações. Jensen Huang, CEO da Nvidia, disse que a tecnologia da DeepSeek vai acelerar as vendas de chips e não o contrário. Óbvio que ele tenta acalmar a sua “platéia” com essa fala.
Já o CEO da OpenAI, Sam Altman, disse que a tecnologia da DeepSeek é extraordinária e que deve inspirar as empresas a buscarem mais eficiência na construção dos seus novos modelos.
Amazon no topo
A maior empresa de e-commerce do mundo atingiu seu maior valor de mercado na história, batendo os US$ 2,5 trilhões pela primeira vez. Com isso ela abre distância para o Google e se consolida como 4ª empresa mais valiosa do planeta.
Tudo isso acontece no meio do turbilhão das ações das empresas de tecnologia, causada pela DeepSeek. No meio disso tudo, Amazon e Meta foram as duas empresas que, além de não perder, ganharam muito dinheiro.
A Meta bateu o valuation de US$ 1,7 trilhão, seu maior valor na história. Neste caso é ainda mais curiosa a resiliência da ação, porque é uma concorrente direta da startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek.
No fim das contas, todas as big techs estão envolvidas com IA, mas elas são afetadas de formas diferentes. A Nvidia sofreu mais do que todas as outras porque os chineses provaram que não precisam dos chips mais avançados para criar IA.
Starlink no iPhone
Informações de bastidores dão conta de que a Apple e a Starlink estão trabalhando juntas para disponibilizar internet via satélite nos iPhones. Isso seria uma mudança brutal no mercado de telecomunicações.
Discretamente a Apple liberou uma função no iOS 18.3 que permite a conexão com os satélites da Starlink. Por enquanto isso só funciona com clientes da operadora americana T-Mobile, ainda em versão beta.
Ninguém confirma tudo isso oficialmente, mas Elon Musk comentou uma postagem no X que fala dessa parceria. Segundo ele, em breve a conexão direta com a Starlink vai suportar imagens, músicas e vídeos.
O que muda para o usuário? Basicamente não há mais limites geográficos para que um celular funcione. À medida que a constelação de satélites da Starlink cresce, mais partes do globo terrestre são cobertas e maior é a conectividade.
Leitura Recomendada: fiz um texto ontem sobre Elon Musk e a profecia sobre o futuro da humanidade, baseada no filme Matrix. Vale a leitura.
Seria interessante incluir na tabela de variação, as ações da Meta e Amazon.