TikTok da Oracle, GM + Nvidia, Bilhão da Meta, Recorde da BYD, Robôs na Mercedes
A newsletter de hoje pode trazer mais um "furo" do Vale do Silício.
Bom dia! Hoje é 19 de março, aniversário do brasileiro Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook, junto com Mark Zuckerberg. Ele é o brasileiro mais rico do mundo.
A Oracle vai Levar?
Crescem os rumores de que a Oracle vai comprar a operação do TikTok nos EUA. O prazo final para que isso aconteça é o dia 5 de abril. Então, faltam cerca de 15 dias para essa história terminar (até que Donald Trump mude tudo, de novo).
O novo ponto interessante dessa história é que quem está participando diretamente dessa discussão é o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. O governo escolheu a Oracle como melhor destino para o TikTok por motivos de segurança.
Pelo que parece, a Casa Branca entende que a empresa fundada por Larry Ellison é a mais preparada para garantir que os dados do TikTok estejam protegidos e “imunes” aos chineses, depois que o negócio tiver sido concluído.
Como eu já disse aqui, a segurança cibernética será um tema cada vez mais relevante daqui pra frente. Quanto mais usamos inteligência artificial, mais nossos dados são consumidos pelos algoritmos. E mais segurança de dados será necessária.
1 Bilhão de Downloads
A família de modelos de IA da Meta - o Llama - atingiu a incrível marca de 1 bilhão de downloads. Isso é um aumento de 53% em relação ao número de downloads de dezembro de 2024. Ou seja, o mercado está “confiando” mais na IA da Meta.
Empresas como Spotify, AT&T e DoorDash estão usando os algoritmos da Meta para otimizar seus processos internos. Como é um software aberto, o Llama é mais maleável e adaptável às soluções customizadas.
Mark Zuckerberg disse que em breve lançara os agentes de IA dentro dos modelos Llama, seguindo a mesma tendência dos seus principais concorrentes: Google, OpenAI e outros modelos, incluindo os chineses.
A Meta vai investir US$ 65 bilhões em infraestrutura de IA neste ano, criando as condições necessárias para manter seus modelos competitivos. Vale lembrar que a Meta foi uma das empresas que mais se “assustou” com o DeepSeek.
BYD bate recorde
A montadora chinesa BYD bateu seu recorde de valor de mercado depois de ter anunciado um novo carregador para seus carros elétricos, que leva apenas 5 minutos para garantir 400km de autonomia.
Neste momento a empresa está valendo US$ 161 bilhões. Perto do valor de mercado da Tesla isso é pouco, mas comparado com as montadoras tradicionais é um montante muito relevante. Veja:
Tesla: US$ 706 bilhões
Toyota: US$ 248 bilhões
BYD: US$ 161 bilhões
Em valor de mercado, a BYD já é a terceira montadora do mundo. As ações subiram muito agora porque a nova tecnologia de carregamento é um verdadeiro diferencial competitivo para a massificação dos carros elétricos.
GM + Nvidia
A GM acaba de acelerar sua transformação tecnológica com uma nova parceria com a Nvidia. O foco é implementar IA generativa em veículos e processos industriais, elevando o nível de personalização e automação na indústria automotiva.
Entre as inovações está a criação de assistentes virtuais integrados ao veículo, que compreendem contextos e reagem às preferências dos usuários. Além disso, IA será usada para aprimorar o controle de qualidade nas linhas de produção.
A parceria impacta também na otimização da cadeia produtiva da GM. Soluções baseadas em IA permitirão prever falhas, otimizar a eficiência energética das fábricas e reduzir significativamente o tempo entre o design e a fabricação.
Com a Nvidia, a GM reforça sua estratégia de inovação para competir diretamente com Tesla e outras empresas tecnológicas. Fica evidente que, para as montadoras, o domínio da IA é cada vez mais crítico para o sucesso e sobrevivência no mercado.
Robôs da Mercedes
A Mercedes-Benz acaba de anunciar uma parceria com a Apptronik, startup de robótica focada em robôs humanoides. A ideia é ousada: utilizar robôs avançados para transformar processos industriais, especialmente na fabricação de carros.
A Apptronik já chamou atenção ao lançar o robô Apollo, capaz de trabalhar ao lado de humanos em tarefas complexas e repetitivas. Agora, com o investimento da Mercedes, os robôs humanoides poderão revolucionar as linhas de produção.
Mais que um avanço tecnológico, a parceria sinaliza a tendência crescente na indústria automotiva de substituir tarefas perigosas ou repetitivas por máquinas inteligentes, liberando colaboradores para funções mais estratégicas e criativas.
Esse movimento é muito relevante, porque representa um “combate” direto à Tesla e seu robô Optimus. Elon Musk disse que até 10 mil deles estarão trabalhando nas fábricas da montadora até o final do ano.