X Money, Mundos Paralelos, Robotáxis nas Rodovias, Doutrina da IA e Tropeço da Nvidia
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Bom dia! Chegamos à metade da semana, quarta-feira, dia 29 de janeiro. Parece que esse mês não acaba nunca, não é mesmo? Aqui está uma coleção de fatos que são relevantes para hoje. Grande abraço!
Mundos paralelos?
Segundo o Google, o Golfo do México vai ser chamar Golfo da América na América e Golfo do México no resto do mundo. A justificativa para isso foi dada num canal oficial da empresa no X, como você pode ver abaixo.
O CEO do Google, Sundar Pichai, era um dos líderes de big tech que estava na posse de Donald Trump. Com exceção de Microsoft e NVIDIA, todas as outras companhias enviaram seus principais líderes.
A afirmação abaixo é mais curiosa do que relevante, mas traz consigo mensagens importantes. Seja no contexto político ou econômico, mostra que estar próximo a Trump ou fazer gestos de proximidade é uma prática a partir de agora.
Confesso que é curioso ver esses movimentos e o perceber o quanto as empresas de tecnologia tornaram-se protagonistas no cenário político global. Seja por conta da IA, seja por conta de Elon Musk no governo ou pelo projeto Stargate.
Robotáxis dirigindo nas rodovias
Os táxis autônomos da Waymo, do Google, vão sair das cidades e começar a operar nas rodovias próximas a Los Angeles. Essa é uma evolução importante para essa indústria, que mostra evolução na segurança e dirigibilidade
A Waymo já opera em Los Angeles desde 2019. Sim, os carros sem motoristas já rodam sem motorista nas ruas da Califórnia há 5 anos. Durante um período, uma pessoa precisava ficar no banco do motorista, mas depois isso mudou.
Além de Los Angeles, a Waymo já opera nas cidades de Phoenix, São Francisco, Austin e Miami. No seu plano de expansão, a empresa deve começar a operar também em Atlanta ainda em 2025.
O mercado de robotáxis vai, aos poucos, ganhando corpo. Além da Waymo, a Tesla anunciou que colocaria seus carros em operação neste ano. Elon Musk fez um grande evento para apresentá-los, mas ainda não há data prevista para a entrada em serviço.
A Doutrina da IA
O Vaticano publicou um documento histórico sobre IA, destacando seus desafios éticos e morais. A doutrina ressalta que a IA não deve apenas ser uma ferramenta poderosa, mas também uma força que respeite a dignidade humana.
Isso sinaliza algo importante: enquanto desenvolvemos tecnologias avançadas, também precisamos de guias claros para o impacto social que elas podem causar. E surge a questão: estamos prontos para balancear inovação e responsabilidade?
Além disso, o Vaticano reforça a ideia de que a regulação da IA não deve sufocar a inovação, mas orientá-la para o bem comum. Um equilíbrio delicado, mas essencial para um futuro ético e sustentável.
Vale lembrar que, há algum tempo, várias imagens falsas do Papa circularam na internet, criadas por IA. Será um desafio garantir o uso saudável dessa tecnologia incrível que, como qualquer coisa, pode ser direcionada para o mal.
Uma queda ou só um tropeço?
Dos US$ 600 bilhões que havia perdido por conta do DeepSeek, a Nvidia já recuperou a metade. O valor de mercado da companhia subiu hoje para US$ 3,1 trilhões, revertendo a queda monstruosa de dois dias atrás.
Claro que esse seria o movimento natural, devido à gigantesca demanda de IA que virá pela frente, quando o uso massivo começar a acontecer. Mas o episódio serviu como um alerta para as empresas de tecnologia dos EUA.
A única das grandes que não perdeu dinheiro foi a Meta que, pelo contrário, atingiu sua máxima valorização histórica, ultrapassando os US$ 1,7 bilhão de dólares em valor de mercado. Mark riu sozinho dessa vez.
E pensar que, há 4 anos, ele estava no fundo do poço, perdido num mar de lama chamado metaverso. Pouca gente acreditou que a Meta conseguiria se recuperar daquela situação catastrófica, onde chegou a valer 13% do que vale hoje.
O X Money está nascendo
Depois de enviar um e-mail para os funcionários do X, dizendo que a empresa "mal consegue se sustentar", parece que Elon Musk deu início a um plano de reconstrução, a partir da tese dos super aplicativos.
Pelo que se sabe até aqui, o X Money, é uma carteira digital com serviço de pagamento peer-to-peer. Esse é o primeiro passo tangível para a construção daquilo que ele chamou de Everything App.
É uma tentativa de fazer com que o X ganhe relevância outra vez. No e-mail que Elon enviou um e-mail para os funcionários nessa semana, ele disse que a empresa está estagna em receita e número de usuários.
O X Money será lançado em breve, mas não vai ficar restrito às funções que citei. A X Payments LLC, empresa financeira ligada ao X, já está licenciada para operar como instituição financeira em 41 estados nos EUA.
Hoje o X tem cerca de 250 milhões de usuários ativos. Para uma rede social, pode parecer pouco se comparado ao Instagram, por exemplo. Mas como fintech, seria a maior do mundo, com folga.
Então, significa que como rede social o X vai de mal a pior. Mas, caso consiga ganhar relevância como fintech, ela pode fazer seu valor de mercado crescer de forma exponencial e sem precedentes.
Será que Elon consegue fazer isso?
Dica de Leitura: acesse aqui a análise que fiz sobre o surgimento de um Cisne Negro no mercado, o DeepSeek. Um evento extraordinário, que mudou o jogo da IA.