Amazon Faz 31 Anos.
No dia 5 de julho de 1994, Jeff Bezos fundou a Amazon em sua garagem em Bellevue, Washington, com o nome de Cadabra – pouco depois renomeada para Amazon, focada exclusivamente na venda de livros pela internet. Três décadas depois, a empresa se tornou a maior plataforma de e-commerce do mundo, conhecida como “the everything store” por sua imensa variedade de produtos e serviços.
Desde o início, Bezos estabeleceu princípios que moldariam a cultura da Amazon. Sua filosofia de “Day 1” prega manter a agilidade e o espírito empreendedor de uma startup, com foco obsessivo no cliente e no longo prazo, evitando a estagnação do “Day 2” – o estado de complacência e burocracia que, segundo ele, leva empresas ao declínio. Além disso, a regra das “duas pizzas” reforça a criação de times pequenos e autônomos, maximizando a eficiência e a inovação contínua.
Muito além do varejo de livros, a Amazon ampliou sua atuação para cavalgar as ondas da tecnologia. Em 2006, lançou o Amazon Web Services (AWS), hoje líder com cerca de 30% do mercado global de infraestrutura de nuvem, gerando US$ 29,3 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2025 e impulsionando margens que sustentam investimentos bilionários em P&D. Paralelamente, o programa de assinaturas Prime, com mais de 200 milhões de membros, consolida um ecossistema que inclui streaming de vídeo, música e frete rápido.
Na esteira da transformação digital, a Amazon também se firmou como big tech de hardware e mídia. São invenções de peso o leitor de e-books Kindle, os alto-falantes com Alexa (Echo) e os tablets Fire, além do serviço de streaming Twitch. Esses lançamentos reforçam a estratégia de verticalização e integração de serviços, conectando clientes a uma vasta gama de experiências digitais e de consumo.
No coração da operação logística, a automação avança em ritmo acelerado. Após adquirir a Kiva Systems em 2012, a Amazon implantou mais de um milhão de robôs em seus centros de distribuição, quase igualando o número de funcionários (aproximadamente 1,56 milhão). Esses robôs — desde os transportadores de prateleiras até braços robóticos de empacotamento — participam de cerca de 75% das entregas globais, elevando produtividade e abrindo espaço para funções de maior qualificação.
A fronteira da mobilidade autônoma é outro capítulo ambicioso. Com a aquisição da Zoox em 2020 por US$ 1,2 bilhão, a Amazon apostou em veículos robóticos projetados do zero para serviços de “ride-hailing”. Em maio de 2025, a subsidiária inaugurou sua primeira fábrica de produção serial na Califórnia, visando produzir até 10 000 robotáxis por ano e iniciar operações comerciais ainda em 2025 em cidades como Las Vegas e San Francisco.
Hoje, 31 anos após sua fundação, a Amazon se consolida como uma potência global que vai muito além do varejo. Guiada pelos princípios de inovação incessante e foco no cliente, a empresa segue explorando novas frentes — de logística por drone com o Scout à internet via satélite com o projeto Kuiper. Se em 1994 a promessa era levar livros a todos os cantos, em 2025 a missão é reinventar como vivemos, trabalhamos e nos movimentamos.