Carro da Amazon, Avião de iPhone, Briga de Elon Musk, Fábrica da Apple e Mais Starlink
Bom dia! Quarta-feira, dia 9 de abril. Foi nesse dia, em 1977, que a Apple lançou o Apple II, o computador que revolucionou a sua história.
Avião de iPhones
A Apple transportou cerca de 1 milhão de iPhones para os EUA, em 5 aviões, antes do anúncio das tarifas econômicas impostas por Trump, contra os países onde os smartphones da empresa são fabricados.
Aliás, o iPhone é um ótimo produto para explicar o impacto dessas tarifas. O design é feito nos EUA, dentro da Apple, no Vale do Silício. A partir daí, tudo é feito fora: câmeras no Japão, tela na Coréia do Sul, processadores em Taiwan, e por aí vai.
O transporte acelerado dos produtos para os EUA é uma tentativa da Apple de não aumentar o preço final do produto enquanto durarem os estoques. A expectativa é de que, caso as tarifas não caiam, um iPhone custe até US$ 2,3 mil dólares por lá.
Montador de peças
Foi assim que Peter Narravo, consultor comercial de Donald Trump, definiu Elon Musk. Ele e o dono da Tesla estão travando uma batalha pública por conta da política de tarifas impostas pelo governo dos EUA aos seus “parceiros” comeciais.
Navarro disse que “Musk não é um fabricante de automóveis, mas sim um ‘montador’ de veículos feitos de peças vindas do exterior.” Aparentemente isso ofendeu o bilionário, que respondeu à altura: “idiota".
Também nessa semana saíram as informações (já falei por aqui) de que Elon Musk já teve sua saída do governo ajustada com Trump. Em tese, pelo que se sabe, em maio ele fará o anúncio do seu afastamento, alegando ter “cumprido sua missão".
Fato é que, depois que entrou na política, Musk viu a Tesla perder 60% do seu valor de mercado e enfrentar protestos violentos, com vandalismo de carros, lojas e fábricas. O mercado se virou contra o homem mais rico do mundo.
Carro da Amazon
A Zoox, unidade de veículos autônomos da Amazon, iniciou ontem os testes de seus robotáxis nas ruas de Los Angeles. Esta iniciativa marca a entrada da empresa em sua sexta cidade e representa um passo significativo rumo à oferta de serviços.
A empresa usa dois tipos e veículos: Toyota Highlander, adaptado com sistema de direção autônoma, e seu próprio carro, fabricado em volante e pedais, com design mais futurista e amplo espaço interno.
Além de Los Angeles, os carros estão sendo testados em Foster City, São Francisco, Las Vegas, Austin, Miami e Seatle. Em cada lugar, as regras e áreas permitidas variam de acordo com a autorização dos órgãos reguladores.
A entrada da Zoox no mercado de robotáxis é mais um elemento de preocupação para Elon Musk. A Tesla anunciou que fará sua estréia em junho. E o Google já opera mais de 200 mil corridas semanais, com o Waymo.
Mais Starlink
A Starlink acaba de receber autorização da Anatel para operar mais 75 mil satélites de baixa órbita no Brasil. Isso representa um salto absurdo em conectividade — e levanta várias questões sobre infraestrutura e regulação.
Hoje, a empresa de Elon Musk já cobre quase todo o território nacional, com 6.400 satélites ativos no mundo. O novo passo pode consolidar a Starlink como a principal rede de conectividade rural, por exemplo.
Além de impulsionar o avanço de tecnologias como carros autônomos, agro digital e cidades inteligentes. O avanço da Starlink é inevitável, mas fica a pergunta sobre como o restante do mercado vai se reorganizar.
Lá nos EUA, por exemplo, um grupo de clientes, usuários de iPhone, já consegue conexão direta com o satélite. Por enquanto, por regulação, é preciso fazer isso através de uma operadora… mas no futuro, talvez esse jogo mude.
Fábrica no Brasil
A Foxconn, maior fabricante de iPhones do mundo, tem uma fábrica no Brasil, que fica em Jundiaí. Lá a empresa monta os modelos 13, 14 e 15 do smartphone da Apple e deve começar a montar o 16 em breve.
Com a guerra tarifária global cada vez mais quente, começa a ganhar força a ideia de que a fábrica aumente sua produção, atualizando as máquinas e melhorando os processos produtos, como os que existem mais fábricas maiores.
A Foxconn tem regime especial de impostos no Brasil. Então, a ideia seria ampliar a montagem dos aparelhos aqui e começar a exportá-los para os EUA, como forma de driblar as tarifas enormes impostas sobre China e Índia, por exemplo.
Com esse tema vindo à luz agora, fica uma pergunta incômoda: se o iPhone é montado aqui no interior de SP, com regime de impostos especial, porque nós pagamos um preço tão alto por ele? Alguém tem a resposta?
Pagamos caro num iPhone feito no interior de SP com isenção tributária pois tem mercado. Resumindo: a turma compra mesmo assim.