Chegou Ozempic Genérico, Morrer é Opção, Parque de Robôs, Aporte da Meta e IA Física
Bom dia! Hoje é 9 de junho, segunda-feira. Espero que você tenha uma excelente semana e aproveite todas as oportunidades que surgirem por aí!
Começou a Corrida
A guerra das canetas para emagrecimento acaba de ganhar um novo capítulo — e com DNA brasileiro. A EMS lançou o Olire, o primeiro genérico de liraglutida do Brasil. A promessa é democratizar o acesso a um mercado que movimenta bilhões.
A previsão é ambiciosa: 500 mil canetas vendidas no primeiro ano, com produção local e preço até 20% menor que o Saxenda. Na prática, isso representa mais brasileiros entrando na era dos medicamentos que ajudam a combater a obesidade.
Mais do que lançar um produto, a EMS está sinalizando sua estratégia: conquistar fatias significativas do mercado de obesidade e diabetes, e já se prepara para 2026, quando as patentes da semaglutida (como Ozempic e Wegovy) caem.
É um marco também para a indústria farmacêutica nacional, que mostra capacidade de inovar, competir e exportar. Enquanto uns brigam por patentes, outros correm por acesso. E talvez esse seja o caminho: tornar o futuro da saúde inclusivo.
A Morte é Opcional?
Imagine um futuro onde envelhecer, adoecer — até morrer — se tornem opções, não destinos. Para Ray Kurzweil, esse futuro pode começar já na próxima década, impulsionado por nanobots que circulam em nossas veias, detectando e eliminando qualquer ameaça antes mesmo que percebamos.
Células cancerígenas seriam destruídas no nascimento. Vírus, neutralizados antes do primeiro espirro. Artérias obstruídas? Desentupidas instantaneamente. E não é só defesa: esses microrrobôs também regenerariam tecidos e rejuveneceriam células — promovendo uma manutenção constante do corpo humano.
É o que Kurzweil chama de "velocidade de escape da longevidade": quando aumentamos nossa expectativa de vida mais rápido do que envelhecemos. Traduzindo: a possibilidade real da imortalidade biológica. Não é ficção científica — já existem testes clínicos com dispositivos desse tipo.
A grande questão não é mais "se", mas "quando" — e para quem. Quem terá acesso? O que faremos com o tempo ilimitado? Como muda a vida quando a morte deixa de ser um limite? A medicina, mais do que nunca, está deixando de tratar doenças para começar a reprogramar a própria vida.
O Parque de Humanoides
A Amazon está construindo um “parque de humanoides” — não é ficção científica, é logística do futuro. Segundo o The Information, a empresa vai testar robôs humanoides capazes de substituir entregadores em um ambiente que simula obstáculos e desafios reais.
A estratégia combina duas apostas: hardware terceirizado e inteligência artificial própria. Os testes começam em São Francisco, mas o plano é global. E o objetivo é claro: reduzir custos de entrega e acelerar o tempo de operação — sem depender de força de trabalho humana.
A Amazon já automatizou armazéns e centros de estoque. Agora, ela leva essa lógica para as ruas. Se der certo, entregadores robôs poderão ocupar um novo espaço na última milha — o trecho mais caro e complexo da cadeia logística.
Mais do que um teste, é um sinal. A logística do amanhã será feita por máquinas autônomas, otimizadas por IA e projetadas para eficiência total. O futuro bate à porta — e ele pode chegar com um robô.
A Dona dos Dados
A Meta está prestes a fazer um grande investimento: mais de US$ 10 bilhões para comprar a Scale AI — a mesma que ajuda a treinar modelos da OpenAI e da Microsoft. Isso mostra o quanto os dados já valem mais do que o código.
A Scale AI é especialista em rotular dados em larga escala, uma etapa crítica para o treinamento de modelos avançados de IA. Ao se aproximar dessa infraestrutura, a Meta quer mais do que eficiência: quer garantir poder na base da nova era cognitiva.
Esse passo coloca a Meta no mesmo tabuleiro de empresas como Microsoft e Amazon, que já têm parcerias estratégicas com fundações de IA e acesso privilegiado a modelos. Mas o foco de Zuckerberg é outro: garantir autonomia e profundidade.
No fundo, não se trata apenas de um investimento. É um movimento geopolítico dentro da corrida da inteligência artificial. E quem controla os dados, controla o futuro.
IA Física
Marc Andreessen, que lidera um dos maiores fundos de investimento do mundo, acredita que o próximo grande salto da inteligência artificial não será no software — será no mundo físico.
Hoje, a IA vive em data centers e aplicativos como o ChatGPT, mas gera poucos empregos de classe média. O impacto econômico real, segundo ele, virá da "IA física": robôs, drones e carros autônomos.
Essa transição já começou. Drones já voam sozinhos. Carros autônomos circulam em cidades como San Francisco. E a próxima onda inclui robôs humanoides e máquinas multitarefa, que exigirão fábricas, infraestrutura, logística e manutenção — ou seja, novos empregos e uma nova cadeia produtiva.
Não é mais só sobre algoritmos. É sobre hardware inteligente que caminha, voa, dirige e atua no mundo real. E isso muda tudo: reindustrializa economias, exige mão de obra qualificada e redefine o que é produtividade.