Demissões na Meta, Crise do Ovo, 20 anos de Maps, Queda da Intel, Política + Negócios
Semana começando quente, com demissões e clientes bravos.
Muito bom dia! Mais uma semana começando, cheia de notícias quentes. Espero que sua segunda-feira seja excelente. Pra você que é novo por aqui, seja muito bem-vindo! Ótimo dia a todos.
O dia começou mal
Pelo menos para cerca de 4 mil funcionários da Meta, essa é a realidade desta segunda-feira. Nos EUA e em outros países, às 5h da manhã do horário local, muitos profissionais foram comunicados, por e-mail, sobre suas demissões.
Eu já havia adiantado aqui, há 2 semanas, que Mark Zuckerberg cortaria cerca de 5% da força de trabalho da Meta. A justificativa principal é de que são pessoas com desempenho aquém do desejável, mas existe outra coisa por trás.
O próprio Mark disse que funcionários virtuais começariam a tomar o lugar de humanos ainda no ano de 2025. Ele falou isso no início de janeiro, durante a participação em um podcast de grande audiência nos EUA.
Quase 30 dias depois, eis que acontecem os cortes. Essas demissões não são substituições de profissionais, mas sim exclusão de vagas. Essas posições não serão repostas… pelo menos por funcionários humanos.
20 anos de Google Maps
A ferramenta de localização do Google completa agora 20 anos. É um exercício muito legal parar para refletir sobre o passado, antes do Google Maps. Você, que tem menos de 30 anos, faz ideia do que era viajar com um mapa nas mãos?
Antes do advento de Google Maps e Waze, na sequência, era preciso recorrer aos antigos aparelhos de GPS, que perto do que temos hoje seriam comparados ao “Nokia Tijolão", em termos de recursos e velocidade.
Tecnologias como essa, do Google Maps, tornaram possível dirigir em qualquer cidade do mundo, andar a pé por ruas jamais exploradas e visualizar tudo o que está no caminho a partir da tela do computador ou celular.
Outra coisa que foi trazida a nós pelo Google Maps foi o Google Street View, uma ferramenta poderosa que mapeou dezenas de milhões de quilômetros de avenidas, ruas e vielas, e nos permitiu “passear” por elas sem sair de casa.
Crise do ovo
Quem monitora os sinais do mercado, faz os melhores movimentos. Há alguns dias eu comentei aqui sobre a compra da Ovos Mantiqueira pela JBS, maior produtora de proteína de origem animal do mundo.
Agora, se você der um “Google”, vai ver que existe uma crise global de abastecimento de ovos. Nos EUA, uma dúzia chega a custar US$ 9 dólares, algo perto de R$ 35, mais que o dobro do preço que pagamos aqui no Brasil.
Também existe uma crise por conta da gripe aviária, que somada à grande onda de refugiados, reduziu a oferta e aumentou a demanda por ovo, uma proteína mais barata. Ou seja, quem tem ovo pode dizer que encontro a galinha de ouro.
Ao comprar a Mantiqueira, a JBS passa a ser dona de uma produção de 4 bilhões de ovos por ano e torna-se a 10ª maior produtora do planeta. Vale lembrar que a JBS é a maior produtora de frangos do mundo.
Política e negócios
Alguns donos de carros da Tesla estão colocando um adesivo na parte traseira do carro que diz: “eu comprei antes do Elon enlouquecer". Essa é uma reação que nasce no momento em que política e negócios se misturem.
Na semana passada, um relatório sobre as vendas de veículos no mês de janeiro apontou que a Tesla teve uma queda de 59% na Alemanha. O motivo, apontam, é a intromissão de Elon Musk na política interna alemã, com discursos e reuniões.
As vendas da Tesla também caíram na Califórnia, um estado sabidamente opositor de Donald Trump. Aquele estado é o maior mercado da Tesla nos EUA e em janeiro as vendas caíram cerca de 12% segundo o relatório.
Esse assunto levanta algumas questões: Elon Musk vai controlar o conflito de interesses entre suas empresas e seu cargo no governo? Seus investidores ficarão em silêncio, caso suas posições políticas afetem seus ganhos? O futuro dirá.
Bill Gates e Intel
O fundador da Microsoft falou recentemente sobre o disputado mercado de chips para IA. Durante uma entrevista, ele disse que está surpreso com o fato da Intel ter ficado tanto para trás, apesar da sua enorme capacidade produtiva.
Bill pontuou que a Intel não consegue fazer coisas simples, que suas concorrentes fazem por padrão. Ele diz que a Nvidia deve continuar liderando essa indústria e que não enxerga um futuro muito promissor para a concorrente.
“Espero que a Intel se recupere, mas parece ser muito difícil para eles neste estágio". Vale lembrar que a Intel liderou, por décadas, a indústria de chips. A empresa parecia ser imbatível nesse mercado, mas algo saiu errado.
Há 10 anos, a Intel valia 10x mais do que a Nvidia. Neste momento, a Nvidia vale 38 vezes mais do que a Intel. A fabricante do icônico “Pentium” perde feio até mesmo para sua antiga rival, a AMD, que hoje vale o dobra da Intel.
Leitura Recomendada
Fiz uma análise sobre a retomada da Meta, depois da empresa ter chegado ao fundo do poço com o metaverso, linkando isso com a mudança pessoal de Zuckerberg.