Ozempic Genérico, BYD em 5 Minutos, Chip Chinês, Fim do iPhone, Robôs da Amazon
Bom dia, hoje é 8 de maio. Foi nesse dia, lá em 1886, que John Pemberton vendeu pela primeira vez sua fórmula original de Coca-Cola em uma farmácia de Atlanta.
Ozempic Genérico
A Novo Nordisk, gigante farmacêutica dinamarquesa, revisou para baixo suas projeções de crescimento para 2025 devido à proliferação de versões manipuladas de seus medicamentos Ozempic e Wegovy nos EUA.
Durante a escassez oficial declarada pelo FDA em 2022, farmácias de manipulação foram autorizadas a produzir cópias desses medicamentos, vendendo-os por cerca de US$ 199, bem abaixo do preço original que ultrapassa US$ 1.000.
Com a normalização do fornecimento, o FDA determinou que essas versões manipuladas só poderão ser vendidas até 22 de maio. Apesar do impacto, a Novo Nordisk registrou um crescimento de 18% nas vendas neste primeiro trimestre.
A empresa aposta em parcerias com redes como a CVS e em expansão internacional para recuperar o mercado. E se prepara para as primeiras ondas de queda de patente, como deve acontecer no Brasil em 2026.
Carro dos 5 minutos
Depois de dizer que dominou a tecnologia que garante a recarga de carros elétricos em apenas 5 minutos, a BYD, anunciou dois de seus modelos que já podem se beneficiar dessa inovação, o Han L e o Tang L.
Esses carros são capazes de recarregar 400 km de autonomia em apenas cinco minutos. Essa façanha é possível graças à nova plataforma Super e-Platform, que opera com arquitetura de 1.000V e potência de carregamento de 1.000 kW.
Para suportar essa carga ultrarrápida, a BYD desenvolveu baterias com canais ultrarrápidos para íons, reduzindo a resistência interna pela metade e permitindo uma corrente de carregamento de até mil amperes.
Além disso, os carros foram equipados com motores de 30 mil RPM e chips de potência de carbeto de silício, aumentando a velocidade e eficiência dos carros. A BYD se prepara para ter 4 mil estações ultrarrápidas na China.
Fazendo de novo
A Nvidia está reformulando seus chips de IA para atender às novas restrições impostas pelos EUA. A empresa comunicou a clientes chineses como Alibaba, ByteDance e Tencent que está criando versões adaptadas de seus chips.
O CEO Jensen Huang informou que um protótipo do novo chip estará disponível em junho. Além disso, a Nvidia trabalha em uma versão específica para a China de sua próxima geração de chips, chamada Blackwell .
Essa estratégia busca mitigar perdas estimadas em até US$ 5,5 bilhões devido às restrições que impedem a exportação do chip H20, anteriormente comercializado legalmente na China. Tudo isso é efeito da guerra tarifária de Donald Trump.
Vale lembrar que as big techs chinesas fizeram recentemente um pedido de US$ 16 bilhões em chips da Nvidia. Esse número representa quase 25% da receita da companhia no ano de 2024. Ou seja, vale o esforço do redesenho dos chips.
Novo robô da Amazon
A Amazon revelou o Vulcan, seu primeiro robô industrial equipado com sensores táteis que imitam o sentido do tato humano. Projetado para operar em centros de distribuição, o Vulcan já está em uso nos Estados Unidos e na Alemanha.
O braço robótico do Vulcan utiliza sensores de força e torque para ajustar seus movimentos de forma precisa, permitindo que ele sinta a resistência dos objetos que manipula. Ele possui espátulas para mover objetivos e ventosas para puxá-los.
A capacidade de adaptação e aprendizado também é um diferencial: o Vulcan é treinado para identificar falhas e aprimorar seus próprios movimentos com o tempo. Nos testes e operações já realizados, ele já processou 500 mil pedidos.
A Amazon destaca que a nova tecnologia não tem como objetivo substituir os trabalhadores humanos, mas sim atuar de forma complementar, assumindo tarefas repetitivas e fisicamente desgastantes.
Dias contados?
Durante o julgamento antitruste do Google Search, Eddy Cue, vice-presidente sênior de serviços da Apple, afirmou que o iPhone pode se tornar obsoleto dentro de uma década, comparando sua possível trajetória à do iPod.
Ele destacou que a IA representa uma mudança tecnológica significativa, com potencial para transformar a indústria. Ele mencionou que, assim como a Apple foi ousada ao descontinuar o iPod, o iPhone também pode ser substituído.
Apesar de o iPhone representar a maior parte da receita da Apple, Cue enfatizou que a empresa não é como uma companhia petrolífera ou de produtos essenciais, sugerindo que a dependência dos smartphones pode diminuir com o avanço da IA.
O ponto mais relevante dessa fala é: será que a Apple de hoje tem o mesmo apetite inovador de outrora, ao ponto de “matar” seu principal produto, como fez na época do iPod? Se a resposta for sim, ela tem tudo para continuar na dianteira.