Se você não usa IA, você é no máximo nota 7
Não se trata mais de uma vantagem competitiva. O uso de inteligência artificial virou parte da cultura organizacional de empresas de ponta — e, mais do que isso, virou critério de avaliação de desempenho. Se você não estiver usando IA no seu trabalho, dificilmente será promovido. Em alguns casos, pode até ser desligado.
No iFood, por exemplo, o recado foi claro: funcionários que, após seis meses, não adotarem IA no dia a dia não podem mais ser avaliados com a nota máxima. Isso não tem a ver apenas com produtividade. Tem a ver com cultura. Não usar IA fere um traço central da identidade da empresa, e cultura — como se sabe — é inegociável.
Na Microsoft, o movimento é ainda mais explícito. A empresa está pressionando suas equipes internas a utilizarem ferramentas como o GitHub Copilot, e líderes receberam orientações formais para levar o uso de IA em conta nas avaliações de performance. Julia Liuson, presidente da divisão de ferramentas para desenvolvedores, foi direta: IA agora é tão essencial quanto saber colaborar e tomar decisões baseadas em dados.
A mensagem por trás desses movimentos é clara: quem não adere à cultura de IA está, aos poucos, se tornando incompatível com o futuro da empresa. E a cultura sempre vence. Não se trata mais de “aprender a usar IA quando der tempo”. É sobre manter seu lugar na mesa — e, em muitos casos, sobre garantir que você continue na empresa.