Trump x Xi, Cacau Show World, iPhone Novo, Satya Quântico e Netflix no Topo
As Entrelinhas continuam nos mostrando o que poucos estão vendo.
Bom dia! hoje é quinta-feira, 20 de fevereiro. Estamos quase no final da semana, mas ainda não dá pra desacelerar. Lembre-se que o mês de fevereiro é mais curto e o carnaval começa na semana que vem. Hora de bater a meta!
Toma lá, dá cá
Você deve se lembrar que, há 1 mês, durante a posse de Donald Trump, os CEOs de quase todas as big techs estiveram presentes. Aquilo foi uma demonstração de prestígio e poder de Trump frente as empresas mais valiosas do mundo.
Porém, como você também sabe, estamos vivendo uma espécie de nova "guerra fria”, onde a retórica e a narrativa são muito relevantes. Foi nesse contexto que, nessa semana, Xi Jinping, presidente da China, reuniu as big tech chinesas.
Lá estavam presentes os CEOs de Alibaba, BYD, Huawei, Xiaomi, Unitree, Tencent e DeepSeek. Obviamente esse encontro teve, dentre outros, o objetivo de demonstrar a força e a influência de Xi nas big techs chinesas.
De agora em diante é assim: se um lado faz algo relevante, na semana seguinte o outro lado vai fazer também. China e EUA estão disputando a liderança global da inteligência artificial. E cada usa as armas que tem.
Satya e o anúncio quântico
O CEO da Microsoft profetizou a mudança do mundo ontem, ao anunciar o Majorana 1, o novo processador quântico da empresa. Sua fala para descrever este momento foi fantástica e eu trago aqui, na íntegra:
"A maioria de nós cresceu aprendendo que há três tipos principais de matéria que: sólida, líquida e gasosa. Hoje, isso mudou. Após uma busca de quase 20 anos, criamos um estado de matéria inteiramente novo".
Esse novo estado de matéria, que ele batizou de "topoconductors", vai permitir um salto enorme. Segundo Satya, essa tecnologia permite a criação de chips pequenos e muito poderosos, definidos assim:
"Imagine um chip que cabe na palma da sua mão, mas é capaz de resolver problemas que nem todos os computadores da Terra hoje juntos conseguiriam". Essa realmente é uma promessa gigantesca que, segundo ele, pode acontecer logo.
Saiu o novo iPhone
A Apple lançou o novo iPhone “baratinho”, agora batizado de iPhone 16e. Ele vem para substituir outra versão que era o “produto de entrada”, o iPhone SE, lançado lá em 2022. Esse movimento tem uma boa explicação.
As vendas da Apple despencaram na China porque, por lá, seus produtos ainda não têm o Apple Intelligence. Já os smartphones chineses, principalmente Xiaomi e Huawei, já foram potencializados com IA.
Esse novo iPhone 16e resolve o problema e vem com um preço bem abaixo dos seus “irmãos" na linha 16. Ele custará US$ 599 e tem uma missão clara: resgatar as vendas na China e ganhar mercado na Índia.
Uma coisa que chamou a atenção no modelo é a câmera. Ele vem com apenas 1 lente, ao contrário da tendência do mercado e da própria Apple. Vamos ver como o mercado reage a isso.
Netflix no topo
A Netflix está muito perto do meio trilhão de dólares em valor de mercado. As ações da empresa não param de subir e o valuation de hoje é mais do que o dobro do que era em 20 de fevereiro de 2024.
Essa valorização tem várias explicações, mas o principal motivo talvez seja a guinada que a empresa deu em direção ao esporte. Tudo começou com a série Drive to Survive, onde os bastidores da Fórmula 1 são desvendados.
A partir dali, parece que houve um momento “wow". Ao perceber o engajamento que o esporte entrega, a Netflix decidiu dobrar a aposta: foi atrás das ligas esportivas, promoveu eventos ao vivo e descobriu sua nova vocação.
É óbvio que o trabalho de busca de eficiência, combate ao compartilhamento de senhas e introdução de publicidade na plataforma contribuíram. Mas o que fez a diferença mesmo foi o mergulho no rico mundo dos esportes.
Cacau (International) Show
Depois de quase 5 mil lojas no Brasil, parece que a Cacau Show vai explorar o mundo. Europa, América do Norte e América Latina estão no radar. A ideia é que as primeiras lojas sejam abertas até o final de 2025, em destino ainda indefinido.
O benchmark brasileiro para expansão internacional de franquias é a Oakberry, de açaís, que está em mais de 40 países. Vale ressaltar que o Brasil é o maior produtor mundial de açaí, o que faz diferença na estratégia.
No caso do cacau, nós representamos 6% da produção global. Ou seja, para que a Cacau Show tenha sucesso semelhante à Oakberry, na internacionalização, seriam necessários ajustes e adaptações no modelo produtivo e logístico.
A maior parte do cacau no mundo vem da África, mas marcas de chocolate premium nem sempre utilizam esse produto. Tanto é que Alexandre Costa, dono da Caca Show, está investindo R$ 1 bi em plantações de cacau para ser autossuficiente.
Leitura Recomendada
Como hoje nós falamos de Cacau Show e de Computação Quântica, vale a pena dar uma olhada nesses dois artigos. É só clicar abaixo para ler: