WhatsApp: O Diamante Bruto da Meta
Por mais que tenha quase 3 bilhões de usuários no mundo, o WhatsApp ainda é um diamante bruto dentro do império Meta. Sempre foi uma plataforma centrada na experiência do usuário, simples, direta, com foco em mensagens privadas — mas sem nunca explorar, de fato, seu potencial de monetização. Isso começa a mudar agora. Pela primeira vez na história, o WhatsApp terá anúncios, conteúdos pagos e novas formas de receita. E com isso, passa a trilhar o mesmo caminho que transformou o Instagram em uma mina de ouro para a Meta.
A primeira mudança importante é a chegada de anúncios na aba "Status", o equivalente ao Stories do Instagram. Não haverá interrupções em conversas privadas, o que é um alívio. Mas esse novo espaço abre uma avenida enorme para anunciantes que desejam se conectar com um público engajado e massivo. Afinal, 1,5 bilhão de pessoas acessam diariamente essa aba, o que representa metade da base do app. É um alcance absurdo. E é só o começo.
A segunda grande novidade é a criação de Canais pagos. Criadores de conteúdo, empresas, influenciadores e até grandes veículos poderão cobrar uma assinatura para compartilhar conteúdos exclusivos dentro da plataforma. Isso posiciona o WhatsApp também como uma ferramenta de conteúdo premium, com potencial de transformar a relação com seus usuários — e gerar receita recorrente, como já acontece no Substack, Telegram e OnlyFans. A diferença? A base do WhatsApp é infinitamente maior.
Até aqui, o WhatsApp gerava receita apenas com algumas soluções empresariais, principalmente voltadas para atendimento e automação. Era quase simbólico se comparado ao que a Meta arrecada com Instagram e Facebook. Agora, esse jogo muda. O que está sendo lançado é a fundação de um novo modelo de negócios dentro do WhatsApp. Monetização por anúncios, assinaturas e impulsionamento de canais. Isso já acontece em outras plataformas — e agora será parte do ecossistema do app mais usado do Brasil.
Se o Instagram foi o motor de crescimento da Meta na última década, é possível que o WhatsApp seja o motor da próxima. O potencial de faturamento é imenso, e os primeiros passos estão sendo dados agora. Quem entender essa mudança antes, e souber como usá-la estrategicamente, pode surfar uma das maiores ondas da década. O diamante começou a ser lapidado. E ele pode brilhar mais do que nunca.
