iFood Global, Demissões no Starbucks, Stargate da Apple, C6 no Azul, Alibaba + Data Centers
O dia começou quente, com milhares de demissões no Starbucks.
Terça-feira, 25 de fevereiro. Espero que você tenha um ótimo dia! Espero que você esteja gostando dos conteúdos que trago aqui diariamente. Estou me esforçando para fazer cada vez melhor.
Apple e seus 500 bilhões
A dona do iPhone quebrou a banca ontem. A empresa anunciou que vai investir, sozinha, US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos 4 anos. Esse é o mesmo valor que Donald Trump anunciou para o Projeto Stargate, há cerca de 1 mês.
Os planos incluem uma nova fábrica no Texas, a duplicação do Fundo de Manufatura Avançada dos EUA, uma academia de manufatura e investimentos acelerados em IA e engenharia de silício.
Tim Cook disse: “estamos otimistas quanto ao futuro da inovação americana e estamos orgulhosos de dar continuidade aos nossos investimentos de longa data nos EUA com este compromisso de US$ 500 bilhões para o futuro do nosso país”.
O compromisso de US$ 500 bilhões inclui o trabalho da Apple com milhares de fornecedores em todos os 50 estados, a geração de 20 mil novos empregos diretos, construção de data centers e infraestrutura para suporte da IA nos EUA.
iFood Global?
A Prosus, dona do iFood, anunciou a aquisição da Just Eat Takeaway por € 4,1 bilhões, reforçando sua presença no mercado global de delivery. A transação inclui operações em países estratégicos como Reino Unido, Alemanha e Holanda.
Com 61 milhões de usuários e mais de 356 mil restaurantes, a Just Eat registrou um volume bruto de transações de € 26,3 bilhões no último ano. Essa compra fortalece a estratégia da Prosus de dominar o setor e integrar novas tecnologias.
Além do iFood, a Prosus tem participação na Delivery Hero, Meituan e Swiggy, consolidando sua posição global. O movimento pode estar dando origem à primeira “big delivery tech” do mundo, coisa que não existe atualmente.
Esse movimento é interessante, já que o iFood tem 70 milhões de usuários por aqui, mas pode se beneficiar desse “super app global de entregas". Afinal de contas, o iFood é uma tech company, muito mais do que uma empresa de entrega de comida.
Alibaba e os Data Centers
O Alibaba anunciou um investimento de US$ 53 bilhões em infraestrutura de IA e data centers nos próximos três anos. O objetivo é se tornar um parceiro essencial para empresas que desenvolvem e aplicam inteligência artificial no mundo real.
Esse movimento coloca a gigante chinesa na disputa direta com big techs como Microsoft, Google, Amazon e Oracle, que já lideram o setor. O investimento supera estimativas anteriores e é o maior orçamento privado da China para IA.
O mercado, porém, questiona se esses investimentos massivos em data centers estão indo além da demanda real. Vale lembrar que o DeepSeek, também chinês, provou que talvez exija-se menos recursos do que se imaginava antes.
Para o Alibaba, essa aposta é estratégica diante do crescente papel da IA nos negócios. Vale lembrar que ela acaba de se juntar à Apple para oferecer soluções de IA nos iPhones vendidos na China.
Café Amargo
A Starbucks começou hoje um corte de 1.100 empregos corporativos como parte de um plano para acelerar sua recuperação. A decisão ocorre em meio a desafios operacionais e à busca por maior eficiência no negócio.
O movimento reflete uma tendência crescente entre grandes empresas que buscam otimizar estruturas internas. Com custos elevados e mudanças no comportamento dos consumidores, ajustes se tornam inevitáveis.
A reestruturação indica um esforço para manter a competitividade e responder às novas dinâmicas do mercado. A marca aposta na personalização e digitalização para impulsionar vendas. O uso de IA deve estar ajudando muito nisso.
Apesar das demissões, a Starbucks segue focada na experiência do cliente e na modernização de suas operações. A companhia quer recuperar a característica de ser a “segunda casa” dos americanos, como já foi um dia.
C6 Estréia a Cor Azul
O C6 Bank registrou um lucro de R$ 2,3 bilhões em 2024, marcando seu primeiro ano no positivo. O resultado vem após um período de forte crescimento e consolidação no setor. A parceria com o JPMorgan foi decisiva.
A fintech ampliou sua base de clientes e diversificou receitas, reduzindo a dependência de crédito. O foco em eficiência operacional e novos produtos ajudou a melhorar a rentabilidade.
Mesmo com um mercado competitivo, o C6 conseguiu equilibrar crescimento e sustentabilidade financeira. O lucro reflete ajustes estratégicos, com foco na digitalização e a oferta de serviços diferenciados.
O desafio agora é manter esse ritmo e consolidar a fidelização dos clientes. O banco deve seguir inovando para sustentar sua trajetória de alta. Com o apoio do JPMorgan, o C6 busca ampliar sua presença e fortalecer ainda mais sua atuação.
Leitura Complementar
Recomendo que você leia esses 2 artigos, para entender a mudança de comportamento dos consumidores e os ajustes estratégicos. É só clicar abaixo: