Medo da Tesla, Apple + Google, Combate à Gasolina, Bilionários em Série, Robôs no Carnaval
A newsletter de hoje traz informações relevantes sobre o futuro dos negócios.
Muito bom dia nessa quinta-feira, 6 de março! Foi num dia como hoje, no longínquo ano de 1899, que a farmacêutica Bayer registrou a marca “Aspirina". Desde então, foram vendidos mais de 350 bilhões de comprimidos do ácido acetilsalicílico.
Troca de Fornecedor
Aparentemente a Apple vai trocar o ChatGPT, da OpenAI, pelo Gemini, do Google, como motor de inteligência artificial para o Apple Intelligence. Essa informação foi descoberta, não por acaso, nas “entrelinhas” das informações.
A nova versão iOS 18.4 será lançada em abril. Porém, a versão beta do novo código já está disponível para desenvolvedores. Essa turma descobriu que existe uma “porta” aberta especialmente para o algoritmo de IA do Google por lá.
Então, como todo bom boato, a notícia se espalhou. A Apple não confirmou nem negou a informação, mas fato é que uma troca de fornecedor é provável. No mínimo, a Apple passará a usar os dois algoritmos para potencializar o Apple Intelligence.
Uma aproximação de Apple e Google não é improvável. Aliás, isso vem acontecendo. Pela primeira vez na história a Apple lançou um app oficial para o Android. O app da Apple TV agora funciona nos smartphones com sistema operacional do Google.
Vergonha ou medo?
Proprietários de veículos da Tesla estão trocando o emblema dos seus carros. O símbolo da Tesla está sendo trocado por logomarcas de montadoras tradicionais como Toyota, Honda, Audi e outras. É bizarro, mas é verdade.
Muitas fotos vêm sendo compartilhadas nas redes sociais, como você pode ver na galeria abaixo. E existem duas explicações principais para esse fato, todas elas relacionadas ao fato de Musk estar muito envolvido com a política dos EUA.






Vergonha: proprietários de carros da Tesla, contrários à política de Musk, não querem ser associados a ele. Essa aversão à figura de Elon Musk também tem gerado protestos em frente a lojas e fábricas da Tesla.
Medo: também por conta do envolvimento político, carros da Tesla têm sido alvo de vandalismo nos EUA e na Europa. Os veículos estão sendo danificados ou pichados com frases de protesto contra as posições políticas de Elon Musk.
Todos contra a gasolina
Em uma parceria improvável, Stella Li, vice-presidente da BYD, disse que gostaria de firmar uma parceria com a Tesla para acelerar a transição dos carros à combustão para os veículos elétricos. Apesar da disputa, eles têm esse ponto em comum.
Além da “luta” contra os carros à gasolina, a BYD disse que está disposta a compartilhar tecnologia de baterias e de direção autônoma com fabricantes de veículos ocidentais, apesar das disputas comerciais.
A BYD acabou de levantar US$ 5,6 bilhões numa captação na bolsa de Hong Kong, justamente para expandir seus negócios para fora da China. A Europa, pelo visto, é o principal objetivo territorial da montadora chinesa.
Contudo, a União Européia vai fazer jogo duro. Os europeus querem que os chineses transfiram propriedade intelectual para empresas europeias em troca de subsídios. De um jeito ou de outro, os dois lados parecem querer a colaboração.
Robôs no carnaval
Quando eu falo que os robôs logo estarão entre nós, não é exagero. Quem viu o desfile da Mocidade no carnaval do Rio de Janeiro conheceu, pela primeira vez, os robôs da fabricante chinesa Unitree, uma das mais avançadas do mundo.
Quatro robôs participaram da festa, sendo dois humanóides e outros dois “cães robôs". Eles participaram da comissão de frente da escola de samba, que apresentou o enredo Voltando Para o Futuro – Não Há Limites Pra Sonhar.
A maior curiosidade, no entanto, foi a forma como os robôs foram apresentados. Eles não eram os protagonistas do futuro, mas “fantoches” controlados pelos humanos, ressaltando que as pessoas continuarão sendo relevantes daqui pra frente.
A Unitree, fabricantes dos robôs usados no desfile, tem planos para oferecer seus robôs humanoides no mercado ainda neste ano. A estimativa é de que eles possam custar algo em torno de US$ 17 mil dólares.
Bilionários em série
A última rodada de aporte da Anthropic avaliou a empresa em US$ 30 bilhões. Essa conquista não só reforça a confiança dos investidores na tecnologia da empresa, mas também reforça seu papel como competidora de primeira linha nessa indústria.
Com isso, cada um dos 7 co-founders da empresa tornaram-se bilionários de uma vez só. A estimativa é de que cada um deles tenha agora uma fortuna pessoal de US$ 1,2 bilhão. A título de comparação, Sam Altman, da OpenAI, tem US$ 1,1 bilhão.
A inteligência artificial é uma das maiores oportunidades de negócios dos últimos 100 anos. Ela não deve ser vista apenas como uma tecnologia, mas sim como uma plataforma de negócios que permite a criação de coisas incríveis.
Lembre-se que, depois do iPhone - e só por causa dele - foi possível criar negócios bilionários como Nubank, iFood, Airbnb e muitas das coisas que usamos hoje. O iPhone não foi uma revolução tecnológica, foi uma plataforma de negócios.